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Dia das Mulheres: 10 nomes históricos que mudaram nosso mundo para sempre

8 de março de 2021, por Leila Benedetti
Lifestyle
Dia das Mulheres

O Dia Internacional das Mulheres não é apenas um dia para nos dar parabéns e presentear as mulheres com rosas e um batom. A data comemorativa é muito mais do que isso, ela faz homenagem às nossas batalhas e conquistas. 

Por isso, nós do Universo Retrô listamos 10 nomes femininos que fizeram história e ainda mudaram toda a nossa humanidade. Algumas já são conhecidas por filmes biográficos, outras ainda precisam ser reconhecidas (e a indústria cinematográfica precisa levar puxões de orelha para se lembrar delas). Confira:

10 nomes históricos que mudaram o mundo

1 – Ada Lovelace: invenção da programação de computador (1842)

A matemática e escritora inglesa Ada Lovelace criou os primeiros algoritmos que permitiram à Máquina Analítica, invento criado por seu colega de trabalho e amigo Charles Babbage, computar valores de funções matemáticas. Ainda, a programadora publicou uma série de artigos sobre a tal máquina, tornando-a famosa.  

Ada Lovelace
(Foto: Reprodução/WomenThatDid)

2 – Letitia Geer: aperfeiçoamento da seringa (1899)

As seringas já existiam desde o século XVII graças ao físico e matemático francês Blaise Pascal, mas foi a enfermeira americana Letitia Mumford Geer que aperfeiçoou o utensílio e a tornou na forma que conhecemos hoje. O modelo inventado por Letitia era gigantesco e hoje causaria espanto no paciente. Com o tempo, as seringas foram se evoluindo e diminuindo de tamanho.  

Letitia Geer
(Foto: Reprodução)

3 – Marie Curie: a primeira a conquistar um Prêmio Nobel (1903)

A cientista polonesa naturalizada em Paris, Marie Curie foi a primeira a conduzir pesquisas sobre a radioatividade e a primeira a receber um Prêmio Nobel. Além disso, ela foi a primeira e única a ganhar dois Nobels seguidos e a única PESSOA a ser premiada em dois campos científicos diferentes.

Ela também foi a primeira professora da Universidade de Paris e, em 1995, foi postumamente reconhecida como a primeira a ser sepultada por seus próprios méritos no Panteão de Paris. Enfim, pioneirismo era com ela mesma!

Marie Curie
(Foto: Wikkicommons)

4 – Madam C.J. Walker: primeira negra a empreender e conquistar seus próprios milhões (1906)

Com sua biografia transformada em série para a Netflix, Madam C.J. Walker foi a primeira mulher negra a empreender e a ganhar seus próprios milhões da história. Visando a sua dificuldade (e a de outras mulheres negras) em lidar com seus cabelos, a empresária lançou uma linha de produtos para cabelos afro. 

Além de empreendedora, ela também foi filantropa, fazendo inúmeras doações financeiras e usando sua mansão como ponto de encontro social para a comunidade afro-americana. 

Madam C.J. Walker
(Foto: Reprodução)

5 – Amelia Earhart: primeira aviadora (1932) 

A americana Amelia Earhart se tornou a primeira aviadora ao cruzar sozinha o Oceano Atlântico em 1932 pilotando um avião. Famosa por esse episódio, ela quis mais, ela decidiu que daria a volta ao mundo. Em 1937, ela cruzou cinco continentes (inclusive com paradas aqui no Brasil, mais especificamente em Fortaleza e Natal) em dois meses. 

Em um dia chuvoso e nublado, e faltando apenas 11 mil quilômetros para chegar aos Estados Unidos, Amélia mandou uma mensagem por rádio ao Itasca, um navio da guarda costeira americana, dizendo que estava perto do navio, mas que não estava conseguindo enxergá-los e que o combustível estava acabando.

A aviadora não chegou ao seu destino final. Desaparecida, Amelia Earhart foi declarada morta pelo governo americano em 1939, mas as buscas pelos restos do avião e do corpo da aviadora continuam até hoje. Sua biografia ganhou um filme em 2009 e sua história foi citada em Uma Noite no Museu 2, lançado no mesmo ano. 

Amelia Earhart
(Foto: Bettmann)

6 – Hedy Lamarr: inventora da tecnologia que hoje usamos para acessar o wi-fi (1940)

Atriz de Hollywood e considerada “a mulher mais bonita do mundo” nos anos 30, Hedwig Kiesler, antes de se tornar famosa, mudou seu nome para Hedy Lamarr e fugiu da Áustria para os Estados Unidos por conta do regime nazista. Já atriz, ela conseguiu um contrato com a MGM logo quando chegou à terra americana. 

Mas o que poucos sabiam era o que ela fazia fora das telas. Subestimada como inventora ridiculamente por sua beleza, ela desenvolveu uma tecnologia que originou o wi-fi. Inicialmente chamado de FHSS, a tecnologia era um código que alternava entre as frequências de rádio, tornando a comunicação mais segura durante a Segunda Guerra Mundial. 

Hedy Lamarr
(Foto: Reprodução)

Apesar de patenteada, a invenção de Hedy não foi levada a sério pela Marinha americana e só foi reconhecida dez anos depois, porém, como a patente já havia expirado, a Marinha levou todo o crédito da invenção de Hedy, o que fez com que a atriz não recebesse nenhum centavo pela sua criação.

Foi só em 2014 que Hedy levou o mérito pela sua invenção, com seu nome gravado no National Inventors Hall of Fame, e em 2017 ganhou um documentário focado na sua carreira como inventora, produzido por Alexandra Dean

7 – Grace Hopper: inventora dos softwares (1949)

A física e, também, formada em matemática, com direito a Ph.D., Grace Hopper, após trabalhar para um projeto de computação da Universidade de Harvard programando o Mark I, um dos primeiros computadores do mundo, ela mudou de emprego em 1949 para desenvolver o UNIVAC I, o mais próximo de um computador de verdade. Durante o processo, ela teve a ideia que revolucionou o mundo, o Compilador

O Compilador era um programa flexível que interpretava os códigos das máquinas com palavras em inglês, ao invés de calcular códigos em números como fazia os computadores então convencionais. Esse programa era subestimado por muitos no início, pois acreditava-se na época que era impossível uma máquina entender qualquer idioma. Grace levou três anos para fazer o Compilador ser levado a sério no mundo, com publicações de artigos científicos sobre o assunto.    

Grace Hopper
(Foto: NMAH Archives Center)

8 – Valentina Tereshkova: primeira mulher a ir para o espaço (1963)

A soviética Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a se tornar cosmonauta (nome dado aos astronautas da União Soviética) e a fazer parte de uma missão no espaço por meio da nave Vostok 6. Após a bem-sucedida missão, ela virou uma heroína nacional e foi condecorada por líderes soviéticos, russos e estrangeiros de várias nações. Depois dela, houve muitas que foram para o espaço, sejam soviéticas e americanas, mas ela é ainda a única a ter entrado em órbita completamente sozinha. 

Em 1969, ela abandonou sua carreira de cosmonauta para entrar na política, recebendo uma comissão honorária da Força Aérea Russa e retirando-se como major-general. Hoje ela é deputada pelo partido Rússia Unida, cargo esse que exerce desde 2011.

Valentina Tereshkova
(Foto: Reprodução)

9 – Sha-Rock: primeira rapper feminina (1977)

Negra e nascida no humilde bairro do Bronx, em Nova York, Sharon Green (mais conhecida como Sha-Rock) cresceu junto à cultura do hip-hop. Em meados dos anos 70, ela se juntou com DJ Breakout, K.K. Rockwell, Keith Keith, Lil Rodney Cee e Jazzy Jeff para formar o grupo Funky 4+1, que foi considerado inovador por ser o primeiro a ter uma mulher no seu time de MCs e lançar discos comercialmente. 

Sha-Rock
Sha-Rock e seu grupo Funky 4+1 (Foto: JMusic/YouTube)

10 – Gertrude Elion: desenvolvedora do tratamento da leucemia (1988)

Graduada em odontologia pela York University, a americana Gertrude Elion, após presenciar a morte de seu avô por câncer, decidiu voltar a estudar para ser uma cientista especializada em química, bioquímica, farmacologia, imunologia e virologia. Ainda, se tornou a única mulher graduada na Universidade de Nova York em 1939. 

Após conquistar um mestrado em química nos anos 40 e trabalhar na indústria farmacêutica por um longo período, a pesquisadora conseguiu desenvolver medicamentos para o tratamento da leucemia e gota em 1988, rendendo o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina, não só pelo tratamento, como também por descobrir novos e importantes princípios da quimioterapia.    

Gertrude Elion
(Foto: Will and Deni McIntyre)

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