Nesta sexta-feira (13), além do ser a data em que é celebrada o fim da escravatura é também comemorado o Dia do Automóvel aqui no Brasil, mas pouca gente têm conhecimento sobre essa data. Para isso, nada melhor do que relembrar alguns autos do passado, que sempre foram sinônimo de elegância. O Universo Retrô fez uma lista com 10 carros clássicos que marcaram história e com algumas curiosidades relacionadas aos veículos.
DÉCADA DE 1920
1 – Ford A 1929: O modelo A de Henry Ford foi algo revolucionário. Inspirado no Lincoln da década 20, apresentava dimensões menores e era até carinhosamente chamando de “Baby Lincoln”. Nesse modelo de 1929, apareciam maçanetas externas, nos modelos anteriores eram maçanetas internas.
DÉCADA DE 1930
2 – Packard 1939 Super 8: Os carros da Packard sempre foram sinônimo de luxo e de riqueza, durante um período difícil (período de guerra). Quem possuía um exemplar desses, era somente alguém em alguma posição financeira muito elevada. Esse modelo também foi um dos escolhidos pela dançarina burlesca Dita Von Teese.
3 – FORD V8 1934: Este Ford de 1934 foi o modelo em que o casal de bandidos Bonnie e Clyde morreram baleados durante uma fuga no mesmo ano (1934). O casal tinha uma certa preferência pelos modelos Ford V8 na hora de furtarem os veículos usados em fugas. Um fato curioso sobre isso, é de que certa vez Clyde escreve uma carta a Henry Ford elogiando seus veículos. Esse modelo é queridinho dos amantes de Hot Rods (customização de carros).
DÉCADA DE 40
4 – 49 Buick Roadmaster: Esse modelo de 49 teve reformulações pós-guerra. Entre alguns itens modificados, foi o primeiro modelo a receber Ventiports (Buracos para ventilação do motor). Além dos Ventiports, os chamados Sweepspear, que eram linhas curvas cromadas nas laterais, quase correndo o comprimento do carro. O Roadmaster também tinha a sua versão conversível.
5 – Tucker Torpedo 1949: Foi um carro revolucionário para época, por ironia não teve sua produção em massa. Criado pelo projetista americano Preston Tucker. Foi vítima de conspiração das grandes indústrias do setor na época. Foram produzidos apenas 50 exemplares. Indo a falência logo em seguida. Sua história é narrada no filme de Francis Ford Coppola “Tucker – Um homem e um sonho de 1988”.
DÉCADA DE 1950
6 – Chevrolet Corvette 1953: Por incrível que pareça esse modelo esportivo da Chevrolet teve certa rejeição pelo fabricante, quase interrompendo a sua produção. Inspirado nos carros esportivos europeus, porém, com uma pegada americanizada e um rabo de peixe discreto. Em primeiro momento foi fabricado em cores padrão (branco polo com o interior revestido em couro vermelho). Despertou grande interesse na época, por se tratar de um veículo de menor porte, diferente da realidade presente da década de 50. Possuía o diferencial de ser feito em fibra de vidro ou seja dando mais leveza ao veículo.
7 – Plymouth Fury 1958: Este modelo se tornou um verdadeiro clássico após a sua aparição no filme Christine (1983). Uma ótima escolha para unir um bom filme e um carro furioso. Christine era um Plymouth Fury 1958 com rabo de peixe do filme de John Carpenter. Inspirado no livro do mestre Stephen King, conta a história de um carro que sente ciúmes doentios de seu dono.
8 – Cadillac Eldorado 1959: A Cadillac apresentava na década de 50 carros luxuosos, com longas dimensões e em suas mais variadas formas, porém, só em 1959 viria com o modelo ápice da marca. Com duas toneladas de peso, 6,1 metros de comprimento por 1,83 metro de largura e aletas de 1,07 metro de altura, o Eldorado 59 era sinônimo de luxo, riqueza e poder. Foi por causa deste modelo glamouroso, que houve o status “Cadillac do anos 50”. Um verdadeiro marco automobilístico, unia conforto, velocidade e o famoso “rabo-de-peixe”.
DÉCADA DE 1960
9 – Chevrolet Impala 1961: Na década de 60 o Impala era um dos carros mais vendidos e lembrados. Os modelos da época estavam visualmente sendo mais limpos, diferente dos modelos mais rebuscados que eram marca dos anos dourados. O modelo SS de 1961, já não apresentava mais asas traseiras e agora tinha o diferencial dos bancos individuais, câmbio no assoalho, conta-giros na coluna de direção e a opção do motor 409 V8, de 360 cv brutos. O Impala SS é um dos modelos mais famosos entre os Big Blocks (motores de bloco grande). Outro fato curioso é de que haviam sido produzidos 453 unidades desse modelo nas concessionárias, boa parte deles vendidos, misteriosamente eles foram recolhidos pela fábrica depois de alguns meses. Sendo assim, muitos não consideram o Impala de 61 como primeiro modelo e sim o de 62.
10 – Galaxie 500: O maior carro já produzido no Brasil e com raízes americanas (país sede da Ford). O nome é uma alusão a corrida espacial. Galaxie, que vêm da palavra inglesa galaxy, ou seja, galáxia em português. O número 500 é inspirado na vitória de 500 milhas de Daytona (1958).
Os modelos da década de 60 tem como característica o motor V8 debaixo do capô. O modelo de 67 apresentava motor V8 272 de 164 cv, câmbio com três marchas, que proporcionava um rolar confortável mesmo nas ruas mau pavimentadas da época. Apresentava também cores com nomes galácticos (Vermelho Marte, Bege Terra, Verde Júpiter, Preto Sideral, Cinza Cósmico, Azul Infinito, Azul Ágena e Branco Glacial).
Possuía as “supercalotas” que cobriam as rodas por completo (feitas em alumínio polido com os rebaixos pintados em preto fosco vinílico com o miolo em acrílico e o fundo refletido em vermelho). Um verdadeiro carro luxuoso, bancos inteiriços, porta malas enorme, meio-aro da buzina no volante, detalhes internos cromados, quebra-vento. Ainda não apresentava o famoso teto de vinil que seria incrementado nos anos seguintes e parte emblemática do Galaxie.
Andei por algumas ruas de bairros mais pobres de algumas cidades do Texas próximas à fronteira com o México. Uma coisa me chamou a atenção, carrões tipo lincão, mercury e outros da década de 80 e até 90 pareceram me contar uma longa e instigante história, que parece ser um pouco diferente do resto do mundo por conta de ser nos EUA. No Brasil já não se veem mais dojões ou galaxies ainda que encostados ou abandonados. Lá eu vi vários daqueles. A maioria até respeitosamente aposentados, uns até sob coberturas ainda que toscas, outros poucos com o mato subindo-lhe as ancas. Todos, com raríssima exceção, para sempre como que no seu cemitério particular contíguo a uma casa por exemplo. Minha imaginação decolou. Em áreas mais ricas não se constata isto. É o pobre querendo ser rico. Adquire o carrão quase de graça. Algum tempo depois, ele dá por exemplo um problema na caixa de marcha e fim da lua de mel! No mundo todo isto sói acontecer. É a fase perigosa e vazia do homem e nos EUA esta coisa se apresenta mais…:)
Só carros americanos marcaram a história?
O que dizer sobre esse Ford A e sobre este Packard 1939, como são incríveis. É praticamente impossível não gostar desses verdadeiros clássicos e suas histórias.