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Festival “Yes, Nós Temos Burlesco!” chega à terceira edição no Rio de Janeiro

10 de maio de 2017, por Jane Galaxie
Eventos

Entre os dias 11 e 14 de maio, acontece a terceira edição do “Yes, Nós Temos Burlesco!”, no Rio de Janeiro. Dedicado à arte burlesca, o festival idealizado por Delirious Fenix (Isabel Chavarri) e Miss G (Giorgia Conceição) contará com programação especial bastante ousada, trazendo diversos talentos das artes performáticas, entre artistas nacionais e internacionais.

Esse ano, o tema do festival será inspirado na “Tropicália”, obra de Hélio Oiticica que completa 50 anos em 2017 e emprestou seu nome a todo um movimento musical e de comportamento que marcou o Brasil. Exposta pela primeira vez em 1967 no MAM Rio, a obra marca o que há de mais criativo, processual e inventivo na cultura brasileira, algo que vai de encontro com a nova cena burlesca do país.

Miss G é uma das idealizadoras do evento (Foto: Reprodução)

A programação começa nesta quinta-feira (11), no Cine Joia, com apresentação das “Novas Divas do Burlesco” e sessão de pré-lançamento do filme “Burla ou como fazer um corte barato?”, um documentário de Miss G. Entre as performances, Chayenne F. (Rio de Janeiro), Mdme. Uloyá (Rio de Janeiro), Juana Profunda (Curitiba), Lucy Lust (Rio de Janeiro), Paula Dolce Vita (Rio de Janeiro) e Ruby Hoo (Curitiba).

Na sexta (12), também no Cine Joia, rola “Vamos Comer Burlesco!”, com aulas-show e depoimentos, começando por “Devorando Carmem”, com The Burlesque Take Over (Sweetie Bird, Black Rainbow e Sete de Ouros); seguindo com “Sobre minha vida no Burlesco”, por Tigger! (Nova Iorque, NY/EUA); e “Impressões Antropofágicas”, por Miss Indigo Blue (Seattle, WA/EUA).

Feira das Vaidades

Sete de Ouros, com seu boylesque na Feira das Vaidades em SP (Foto: Camis Batista)

Já no sábado (13) o especial “Noite Internacional” toma espaço do Teatro Rival, com os maiores nomes do Burlesco do Brasil e convidados internacionais. Entre eles, Chayenne F. (Rio de Janeiro), Delirious Fenix (Rio de Janeiro), Eber Inácio Ferreira (Rio de Janeiro), Eva Brazil (Rio de Janeiro), Fabiano de Freitas (Rio de Janeiro), Fairy Adams (Rio de Janeiro), Lila GlamToon (Curitiba), Marquesa Amapola (São Paulo), Natalia Dufuur Rasse (Santiago – Chile), Rany Marshmallow (Curitiba), Ruby Hoo (Curitiba), Yani Giovannetti (Rosario – Argentina), Wonder Endi (Recife/ Rio de Janeiro), The TwirlyGirl (Seattle/EUA), entre outros.

Para encerrar o festival, no domingo (14), rolam os disputados workshops internacionais, no Espaço de Dança Gisele Alvim. “Leques de Plumas” será ministrado por Miss Indigo Blue, a premiada dançarina, professora e performer burlesca com 18 anos de carreira, que fundou a Academy of Burlesque em Seattle; enquanto o “Método de Atuação Burlesca” será conduzido por Tigger!, padrinho do Boylesque (burlesco performado por homens), ator e dançarino nova iorquino desde 1993.

Miss Indigo Blue (Foto: Reprodução)

Miss Indigo Blue (Foto: Reprodução)

O que é Burlesco?

O Burlesco é, desde sua remota história, uma arte inclusiva, livre de preconceitos, que trabalha pela aceitação de nós mesmos do jeito que somos. O burlesco é o lugar onde tudo pode ser belo de um jeito único. Tudo isso acontece com a expressividade do corpo em cena, unindo elementos de dança, teatro, circo e performance, dependendo da experiência de cada artista.

A performance burlesca praticada hoje no Brasil (parecida também com alguns países da Europa, Austrália, Canadá e Estados Unidos) é, geralmente, a ação de uma performer que conta uma história através do corpo, sem se basear em um texto (como no teatro tradicional), mas sim em elementos visuais. Isso tudo acontece ao som de uma música, que pode ser de qualquer estilo.

Aurora D'vine durante performance inspirada nas vedetes (Foto: Divulgação)

Colunista do Universo Retrô, Aurora D’vine, durante performance inspirada nas vedetes (Foto: Divulgação)

Por vezes, performers também realizam números burlescos em duplas, trios e grupos. Há um estreito jogo com a plateia, envolvendo, na maioria dos casos, um striptease. O striptease no burlesco é diferente do striptease de night clubs porque não pretende acabar em nudez. A finalidade cênica dele é a transformação da figura que está em cena, usando a provocação, a sensualidade e a comicidade para dialogar com o público e dizer sua mensagem.

SERVIÇO

Yes, Nós Temos Burlesco 2017 – Rio de Janeiro
Dias 11 e 12 de maio no Cine Joia, às 20h
Dia 13 no Teatro Rival, às 21h
Dia 14 no  Espaço de Dança Gisele Alvim
Mais informações: producaoyntb@gmail.com
Facebook: /YesNosTemosBurlesco

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