Depois de abrigar Serge Gainsbourg por 22 anos, sendo parte deles acompanhado de Jane Birkin, a casa localizada em Paris foi transformada em um museu por Charlotte Gainsbourg, filha do casal. Batizada de Maison Gainsbourg, a instituição foi inaugurada nesta quarta (20) e é parte de um complexo cultural que também abriga livraria e um piano-bar.
Serge viveu no sobrado de 130 metros quadrados até a sua morte em 1991. Desde então, Charlotte passou a preservar o imóvel não apenas por ter sido parte da vida de um dos casais mais icônicos dos anos 60 e 70, como também por valores sentimentais. Além de ter sido bem apegada ao seu pai, aquela casa foi seu lar de infância. Seu e de sua meia-irmã Kate Barry, fruto do primeiro casamento de Jane.
O agora museu ainda mantém muito da rotina de Serge, como as bitucas de cigarro fumadas pelo próprio artista preservadas da época em que ele ainda morava lá, por exemplo. O acervo é bem extenso, visto que o hábito de preservar as memórias da família é hereditário entre os Gainsbourg (nota-se que Serge guardava fotos, livros, esculturas e três pianos na casa). São cerca de 25 mil objetos e documentos catalogados, sendo 450 destes expostos no museu.
Além disso, a casa de Serge Gainsbourg e Jane Birkin transformada em museu também expõe curiosidades históricas sobre a vida do casal naquela casa. Um exemplo é o fato da residência ter sido comprada por Serge para morar com Brigitte Bardot, o que não rolou com fim do relacionamento. Ou, então, que Jane sentia não ter muita liberdade na decoração dos cômodos, a não ser o quarto das meninas.
O Maison Gainsbourg já atraiu milhares de fãs de Serge e Jane mesmo antes de sua inauguração. Os ingressos para visitação do museu estão esgotados até dezembro. Mas a livraria e o piano-bar, instalados em um prédio ao lado assinado pelo arquiteto Jean Nouvel, estão sempre abertos e com entrada gratuita.