Anos 90, a década que, hoje, é a queridinha dos jovens, tanto que até sua moda, filmes, games e algumas tecnologias voltaram para o mercado. Inclusive, é a década em que o computador, a internet e a TV à cabo chegaram de vez aos nossos lares, o que mudou completamente o estilo de vida de muita gente. Com a representatividade mais forte que as décadas anteriores, chegando a ficar um pouco mais parecida com a dos dias de hoje, muitas mulheres se destacaram nos anos 90, seja nas artes, medicina, política…
Confira as Mulheres que marcaram os anos 90
1 – Aung San Suu Kyi
Aung San Suu Kyi é uma ativista política birmanesa que venceu o Prêmio Nobel da Paz em 1991. A pró-democrata, líder do partido Liga Nacional pela Democracia (LND), tinha tudo para se tornar a primeira-ministra de Mianmar em 1990. Mas, pouco antes das eleições, as primeiras no país desde 1962, ela foi submetida a prisão domiciliar pelo regime militar da época por 15 anos, tornando-a uma das mais notórias prisioneiras políticas do mundo. Hoje ela é líder de Mianmar, mas ainda sofre com a perseguição dos militares.
2 – Anita Hill
A advogada e professora da Universidade de Brandeis, nos Estados Unidos, Anita Hill, se tornou uma ativista conhecida após denunciar, em 1991, o então candidato ao Supremo Tribunal americano Clarence Thomas por assediá-la sexualmente enquanto era seu supervisor na Equal Employment Opportunity Comission (EEOC), uma entidade federal que luta contra todo tipo de discriminação no trabalho, nos anos 80.
3 – Sinead O’Connor
A cantora irlandesa Sinead O’ Connor se consagrou nos anos 90, mas até hoje sua carreira segue bem conturbada, assim como sua vida. Ela sofreu muitos abusos na infância, tentou suicídio, é rebelde, raspou a cabeça, se assumiu lésbica e foi excomungada por tentar chefiar uma seita. Mas, apesar da fama polêmica, ela ganhou notoriedade mais pela suas músicas, rendendo turnês pela Europa e Estados Unidos. O álbum que a tornou mundialmente famosa foi o seu segundo disco I Do Not Want What I Haven’t Got, de 1990, mais especificamente a faixa Nothing Compares 2 U, composta originalmente por Prince.
4 – Toni Morrison
Toni Morrison era uma professora americana que se tornou escritora nos anos 70. Já bem sucedida nos anos 90, ela começou a receber prêmios, entre eles o Nobel de Literatura, em 1993, por publicar romances fortes que relatam experiências de mulheres negras nos Estados Unidos durante os séculos XIX e XX. Ela morreu em 2019 por complicações de uma pneumonia aos 88 anos de idade.
5 – Joycelyn Elders
A pediatra americana e administradora de saúde pública, Joycelyn Elders se tornou a primeira mulher negra a atuar como Cirurgiã-Geral dos Estados Unidos em 1993. Ainda, ela é conhecida pela sua discussão franca a respeito de questões polêmicas como legalização das drogas, masturbação e a distribuição de anticoncepcionais nas escolas. Infelizmente ela foi forçada a renunciar o cargo de Cirurgiã-Geral em 1994 por conta de suas opiniões. Hoje ela é professora emérita de pediatria na Universidade de Arkansas para Ciências Médicas.
6 – Sadako Ogata
A reputada professora universitária japonesa Sadako Ogata se tornou conhecida por ser a Alta Comissária das Nações Unidas para os Refugiados entre os anos de 1991 e 2001. Quando terminou o cargo, ela foi nomeada presidente da Agência Japonesa de Cooperação Internacional. Descendente do político japonês Inukai Tsuyoshi, ela foi influenciada politicamente pelo liberalismo.
7 – Ruth Bader Ginsburg
Ruth Bader Ginsburg foi uma advogada e juíza norte-americana que serviu como juíza associada da Suprema Corte dos Estados Unidos entre os anos de 1993 e 2020, ano de sua morte por complicações de um câncer no pâncreas. Ela foi indicada para este cargo pelo então presidente Bill Clinton e, depois de Sandra Day O’Connor, foi a segunda mulher a ser confirmada pelo Senado para a Suprema Corte. Vista como membro da ala liberal da Corte, Ruth defendia a legalização do aborto e a igualdade de gênero.
8 – Ellen DeGeneres
No meio artístico desde os anos 80, Ellen DeGeneres assumiu ser lésbica publicamente em 1997, o que acabou gerando uma discussão nacional. Desse tempo para cá, ela já assumiu publicamente um relacionamento com outra mulher por três vezes – o primeiro com a atriz Anne Heche, depois com a atriz e fotógrafa Alexandra Hedison e o último com a atriz australiana Portia de Rossi, com quem é casada atualmente.
9 – J.K. Rowling
A escritora britânica J.K. Rowling passava por momentos difíceis em todos os setores de sua vida, principalmente o financeiro. Ela se reergueu ao lançar o primeiro de sete livros da série Harry Potter em 1997, tornando-a multimilionária em cinco anos. Mas ela só obteve a fama mundial quando suas obras foram transformadas em filmes para o cinema nos anos 2000, chegando a receber títulos como a Pessoa do Ano da revista TIME em 2007 e a 40ª pessoa mais poderosa pela revista Forbes. Hoje ela segue na ativa como escritora e apoia diversas instituições de caridade, como a Comic Relief e a Lumos, na qual é proprietária.
10 – Madeleine Albright
A política e diplomata americana Madeleine Albright foi nomeada por Bill Clinton embaixadora dos Estados Unidos junto das Nações Unidas em 1993. Alguns anos depois, em 1997, o mesmo presidente, que estava em seu segundo mandato, a nomeou Secretária de Estado, sendo unanimemente confirmada pelo Senado norte-americano. Este é o cargo mais alto atingido por uma mulher em toda a história dos Estados Unidos, além de Madeleine ter sido a primeira a ocupá-lo, onde permaneceu até 2001. Ela morreu no último mês de março, aos 84 anos, vítima de câncer.