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Mulheres dos anos 90: 10 nomes que marcaram a história antes da virada do milênio

4 de julho de 2022, por Leila Benedetti
Lifestyle
Mulheres dos anos 90

Anos 90, a década que, hoje, é a queridinha dos jovens, tanto que até sua moda, filmes, games e algumas tecnologias voltaram para o mercado. Inclusive, é a década em que o computador, a internet e a TV à cabo chegaram de vez aos nossos lares, o que mudou completamente o estilo de vida de muita gente. Com a representatividade mais forte que as décadas anteriores, chegando a ficar um pouco mais parecida com a dos dias de hoje, muitas mulheres se destacaram nos anos 90, seja nas artes, medicina, política…

Confira as Mulheres que marcaram os anos 90

1 – Aung San Suu Kyi

Aung San Suu Kyi é uma ativista política birmanesa que venceu o Prêmio Nobel da Paz em 1991. A pró-democrata, líder do partido Liga Nacional pela Democracia (LND), tinha tudo para se tornar a primeira-ministra de Mianmar em 1990. Mas, pouco antes das eleições, as primeiras no país desde 1962, ela foi submetida a prisão domiciliar pelo regime militar da época por 15 anos, tornando-a uma das mais notórias prisioneiras políticas do mundo. Hoje ela é líder de Mianmar, mas ainda sofre com a perseguição dos militares.   

Aung San Suu Kyi
(Aung San Suu Kyi é uma das mais notáveis prisioneiras políticas do mundo. | Foto: Lauren DeCicca)

2 – Anita Hill

A advogada e professora da Universidade de Brandeis, nos Estados Unidos, Anita Hill, se tornou uma ativista conhecida após denunciar, em 1991, o então candidato ao Supremo Tribunal americano Clarence Thomas por assediá-la sexualmente enquanto era seu supervisor na Equal Employment Opportunity Comission (EEOC), uma entidade federal que luta contra todo tipo de discriminação no trabalho, nos anos 80.

Anita Hill
(Anita denunciou um supervisor de uma agência federal que lutava contra qualquer tipo de discriminação por assédio sexual. | Foto: Shutterstock)

3 – Sinead O’Connor

A cantora irlandesa Sinead O’ Connor se consagrou nos anos 90, mas até hoje sua carreira segue bem conturbada, assim como sua vida. Ela sofreu muitos abusos na infância, tentou suicídio, é rebelde, raspou a cabeça, se assumiu lésbica e foi excomungada por tentar chefiar uma seita. Mas, apesar da fama polêmica, ela ganhou notoriedade mais pela suas músicas, rendendo turnês pela Europa e Estados Unidos. O álbum que a tornou mundialmente famosa foi o seu segundo disco I Do Not Want What I Haven’t Got, de 1990, mais especificamente a faixa Nothing Compares 2 U, composta originalmente por Prince. 

Sinéad O'Connor
(A carreira de Sinéad O’Connor foi turbulenta e regada a polêmicas. | Foto: Michel Linsen/Redferns)

4 – Toni Morrison

Toni Morrison era uma professora americana que se tornou escritora nos anos 70. Já bem sucedida nos anos 90, ela começou a receber prêmios, entre eles o Nobel de Literatura, em 1993, por publicar romances fortes que relatam experiências de mulheres negras nos Estados Unidos durante os séculos XIX e XX. Ela morreu em 2019 por complicações de uma pneumonia aos 88 anos de idade.

Toni Morrison
(Toni Morrison recebeu o Prêmio Nobel de Literatura nos anos 90. | Foto: Jack Mitchell/Getty Images)

5 – Joycelyn Elders

A pediatra americana e administradora de saúde pública, Joycelyn Elders se tornou a primeira mulher negra a atuar como Cirurgiã-Geral dos Estados Unidos em 1993. Ainda, ela é conhecida pela sua discussão franca a respeito de questões polêmicas como legalização das drogas, masturbação e a distribuição de anticoncepcionais nas escolas. Infelizmente ela foi forçada a renunciar o cargo de Cirurgiã-Geral em 1994 por conta de suas opiniões. Hoje ela é professora emérita de pediatria na Universidade de Arkansas para Ciências Médicas

Joycelyn Elders
(Joycelyn foi nomeada Cirurgiã-Geral dos EUA em 1993 e era bem conhecida pelas suas opiniões sobre questões como a legalização das drogas e a masturbação. | Foto: Domínio Público)

6 – Sadako Ogata

A reputada professora universitária japonesa Sadako Ogata se tornou conhecida por ser a Alta Comissária das Nações Unidas para os Refugiados entre os anos de 1991 e 2001. Quando terminou o cargo, ela foi nomeada presidente da Agência Japonesa de Cooperação Internacional. Descendente do político japonês Inukai Tsuyoshi, ela foi influenciada politicamente pelo liberalismo. 

Sadako Ogata
(Sadako era conhecida por ser a Alta Comissária das Nações Unidas para os Refugiados entre os anos de 1993 e 2001. | Foto: Reprodução/World Economic Forum)

7 – Ruth Bader Ginsburg

Ruth Bader Ginsburg foi uma advogada e juíza norte-americana que serviu como juíza associada da Suprema Corte dos Estados Unidos entre os anos de 1993 e 2020, ano de sua morte por complicações de um câncer no pâncreas. Ela foi indicada para este cargo pelo então presidente Bill Clinton e, depois de Sandra Day O’Connor, foi a segunda mulher a ser confirmada pelo Senado para a Suprema Corte. Vista como membro da ala liberal da Corte, Ruth defendia a legalização do aborto e a igualdade de gênero. 

Ruth Bader Ginsburg
(Ruth serviu como juíza associada a Suprema Corte dos EUA de 1993 até 2020, ano de sua morte. | Foto: Imago Images/ZUMA Press/R. Sachs)

8 – Ellen DeGeneres

No meio artístico desde os anos 80, Ellen DeGeneres assumiu ser lésbica publicamente em 1997, o que acabou gerando uma discussão nacional. Desse tempo para cá, ela já assumiu publicamente um relacionamento com outra mulher por três vezes – o primeiro com a atriz Anne Heche, depois com a atriz e fotógrafa Alexandra Hedison e o último com a atriz australiana Portia de Rossi, com quem é casada atualmente.  

Ellen DeGeneres
(Ellen gerou uma discussão nacional ao se assumir lésbica publicamente em 1997. | Foto: Wikimedia Commons)

9 – J.K. Rowling

A escritora britânica J.K. Rowling passava por momentos difíceis em todos os setores de sua vida, principalmente o financeiro. Ela se reergueu ao lançar o primeiro de sete livros da série Harry Potter em 1997, tornando-a multimilionária em cinco anos. Mas ela só obteve a fama mundial quando suas obras foram transformadas em filmes para o cinema nos anos 2000, chegando a receber títulos como a Pessoa do Ano da revista TIME em 2007 e a 40ª pessoa mais poderosa pela revista Forbes. Hoje ela segue na ativa como escritora e apoia diversas instituições de caridade, como a Comic Relief e a Lumos, na qual é proprietária. 

J.K. Rowling
(J.K. Rowling mudou sua vida ao publicar o primeiro de sete livros da saga Harry Potter. | Foto: Bruce Glikas/Film Magic/Getty Images)

10 – Madeleine Albright

A política e diplomata americana Madeleine Albright foi nomeada por Bill Clinton embaixadora dos Estados Unidos junto das Nações Unidas em 1993. Alguns anos depois, em 1997, o mesmo presidente, que estava em seu segundo mandato, a nomeou Secretária de Estado, sendo unanimemente confirmada pelo Senado norte-americano. Este é o cargo mais alto atingido por uma mulher em toda a história dos Estados Unidos, além de Madeleine ter sido a primeira a ocupá-lo, onde permaneceu até 2001. Ela morreu no último mês de março, aos 84 anos, vítima de câncer.  

Madeleine Albright
(Madeleine foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Secretária de Estado em 1997, até hoje o mais alto atingido pelo gênero em toda a história dos EUA. | Foto: Reprodução)

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