Nesses tempos de serviços de streaming e música a preço de banana, sugerir que alguém desembolse R$ 800 numa caixa com sete discos parece uma insanidade.
Mas, se existe um investimento musical que vale a pena, é o box “Os Mutantes”, uma caixa com os sete primeiros discos da banda de Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, em versões em vinil de 180 gramas.
Os LPs são:
– “Os Mutantes” (1968);
– “Mutantes” (1969);
– “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” (1970);
-“Jardim Elétrico” (1971);
– “Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets” (1971),
– Tecnolocor, em versões em inglês gravado na França em 1970 e lançado oficialmente em 1999
– E a coletânea “Mande um Abraço pra Velha” (2014), que reúne participações dos Mutantes em discos de outros artistas.
Os quatro primeiros LPs são verdadeiras obras-primas, possivelmente a mais impressionante sequência de quatro discos lançada por um artista pop brasileiro, rivalizando apenas com os trabalhos que Jorge Ben fez entre 1972 e 1976 (“Ben”, “A Tábua de Esmeralda”, “Solta o Pavão” e “África Brasil”) e que Raul Seixas lançou entre 1973 e 1976 (“Krig-ha, Bandolo!”, “Gita”, “Novo Aeon” e “Há Dez Mil Anos Atrás”).