Depois de lançarem uma cinebiografia de Elvis Presley, cujo foco maior foi nos 20 anos de parceria do músico com seu controlador empresário “Coronel” Tom Parker, Priscilla Presley, sua ex-esposa, também ganhou seu próprio filme biográfico, desta vez com a direção de Sofia Coppola.
Estreado com uma excelente repercussão no Festival de Veneza no início de setembro, o filme, que, aliás, foi baseado na autobiografia Elvis & Me, de 1985, narra a história de Priscilla (Cailee Spaeny) entre seus 14 e 27 anos, período este em que estava em um relacionamento polêmico com Elvis Presley (Jacob Elordi).
Ela era apenas uma pré-adolescente quando se envolveu com o músico, que tinha 24 anos, já no auge da carreira e prestando serviço militar. Além disso, depois de se casarem logo quando Priscilla alcançou a maioridade, ela se viu em um casamento abusivo e regado à traições e vícios em drogas por parte do marido. Depois de seis anos de matrimônio, que gerou a filha Lisa Marie, os dois se separaram.
Assim como no livro, o filme de Coppola descreve um Elvis mais humano e todos os perrengues sofridos por Priscilla neste período, deixando claro que ela não viveu um conto de fadas, como a mídia americana dos anos 60 fazia o público acreditar. Priscilla, de Sofia Coppola, é um filme da produtora independente A24 e de baixo orçamento, se comparado à cinebiografia do Elvis e outras produções hollywoodianas. Mas é bem exigente quanto ao figurino no estilo dos anos 60, já que a ex-esposa do músico é um dos ícones da moda.
“Estou tão apaixonada pelo estilo do final dos anos 60. Estou animada para fazer algo enraizado nesse estilo americano pela primeira vez. E Priscilla é um ícone de glamour por excelência. Eu amo que ela sempre foi arrumada. Mesmo em casa, ela e Elvis nunca desciam até que ambos estivessem vestidos e sob medida. Eles eram extremamente dedicados à moda, então foi divertido mergulhar em uma época em que todos ainda se vestiam bem”, comenta Sofia à Vogue. Vale ressaltar que este filme tem a Chanel como uma de suas patrocinadoras, já que a diretora também é embaixadora da marca.
Além do figurino, a trilha sonora também acompanhará a linha do tempo da trama, que se passa entre 1959 e 1973. Entretanto, as músicas do Elvis não estarão no longa por conta de direitos autorais negados. No lugar estarão covers de hits de outros nomes como Venus, de Frankie Avalon, e Baby I Love You, das Ronettes, interpretados pelo marido de Sofia, Thomas Mars, e sua banda de rock Phoenix.
Priscilla estreará nos cinemas americanos neste próximo mês de novembro enquanto que, no Brasil, no próximo dia 26 de dezembro na plataforma MUBI.