Depois da intensa maratona de shows, a 19* edição do Psycho Carnival chegou ao fim. A última noite do evento aconteceu na segunda-feira (12) e reuniu diversas atrações de peso no Jokers Pub, em Curitiba.
Abrindo a noite, o duo paulistano Voodoo Brothers apresentou ao público seu som autoral cheio de referências, que vão do Psychobilly e Rockabilly ao Garage Rock e Blues. Apesar da banda contar apenas com dois integrantes, Vinci Bueno (voz e guitarra) e Camila Lacerda (backing vocal e bateria) deram conta do recado e mostraram que música boa se faz também com poucos elementos. Destaque para Green Kahuna, que leva o nome do novo CD da dupla e apresenta diversos elementos indígenas unidos ao rock ‘n roll.
Outro ponto alto da apresentação foi o momento em que a baterista Camila, que comemorava seu aniversário de 28 anos naquele dia, foi surpreendida pela visita de seus pais, vindos diretamente de São Paulo, com um buquê de flores no palco, ao final do show.
Logo em seguida, os paraguaios do Luisonz trouxeram seu irreverente Psychobilly – uma mistura de Cramps e Mamona Assassinas – para animar a galera. No palco, durante todo o show, uma dançarina plus size agita e dança ao som da banda. Os integrantes vestem roupas engraçadas e perucas e não poupam as piadinhas sobre sexo, drogas e rock ‘n roll, além de mostrarem saber bastante sobre o Brasil, inclusive, seus memes. Destaque para a última música do set list; eles fecharam o show com o hino punk brasileiro, Nicotina, da banda Os Replicantes.
Depois, foi a vez dos catarinenses do Tampa do Caixão agitarem o wreaking com o seu Psychobilly cantado em português e cheio de letras de horror. Apesar de uma corda de guitarra a menos logo no início do show, o quarteto de Joinville não deixou a peteca cair e continuou dando o máximo de si. Destaque para a presença de palco e energia do vocalista Bronco Billy, que aproveitou para homenagear o músico Caio Durazzo, com o som Pomba Gira.
Entre as três primeiras bandas da noite, fomos surpreendidos novamente com o show burlesco de Larissa Maxine, a Mulher-Diaba. Ela, que já havia subido no palco na segunda noite do festival, retornou, trazendo novas performances. Dessa vez, trocando as plumas por um show de pirofagia ao som de Devil Doll.
Em seguida, subiu ao palco a banda Wild Rooster, da Suécia, trazendo seu “Teddy Boy Rock” ao Psycho Carnival. Com grande energia, o quarteto apostou em clássicos do rockabilly e rock ‘n roll, como Drinking Wine Spo-dee-o-dee, ao lado de sons autorais, como Ride on Rebels, para agitar a galera, que dançou, cantou e pulou durante toda a apresentação. Grande destaque para o guitarrista solo, Kim Amberg, que trouxe riffs precisos a todo momento.
Logo depois, foi a vez dos veteranos do Mullet Monster Mafia agitarem a galera com seu Power Surf avassalador. Como de costume, o som instrumental autoral da banda não deixou o wreaking parar nenhum segundo. É nítida a interação e sintonia entre o trio de Piracicaba / Curitiba a cada apresentação. Destaque para o guitarrista e seus super chutes durante o show (ele realmente está superando seus limites a cada apresentação).
Fechando a noite, os veteranos do Hilbilly Rawhide trouxeram sua nova formação ao Psycho Carnival. No lugar do piano, a banda conta agora com banjo, o que deixou o som ainda mais “Hillbilly”. Liderada por Mutant Cox (voz / guitarra / violão), a banda curitibana, que já comemora 15 anos de estrada, novamente levou o público do Psycho Carnival a loucura com seus sons autorais cantados em inglês e português, fechando o evento em grande estilo.