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The Dark Side of the Rainbow: Curiosa sincronia entre Pink Floyd e O Mágico de Oz continua gerando polêmica

15 de setembro de 2020, por Ana Marisa Fonzar
Cinema & TV
Pink-Floyd-Magico-de-Oz

Algumas lendas sobre rock ‘n’ roll se tornaram tão intrigantes que, mesmo sem comprovação oficial, acabam provocando uma eterna discussão. Este é o caso do efeito criado em “The Dark Side of the Rainbow”, nome dado à sincronia audiovisual entre o álbum “The Dark Side of the Moon”, lançado em 1973 pela banda Pink Floyd e O Mágico de Oz (1939), clássico musical protagonizado por Judy Garland.

Que o grupo britânico de rock progressivo formado por Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright em 1971 e o musical dirigido por Victor Flaming estão associados a muitas histórias polêmicas, não resta dúvida, mas o efeito “The Dark Side of the Rainbow” é uma das convergências mais estranhas entre duas peças de arte da cultura pop. O assunto, obviamente, a todo momento volta a ser pautado na mídia.

Pink Floyd
Curiosa sincronia entre Pink Floyd e O Mágico de Oz continua gerando polêmica (Foto: Reprodução Facebook)

Desmistificando a polêmica de The Dark Side of the Rainbow

Alan Parsons, engenheiro de som do Abbey Road Studios, de Londres, onde foi gravado The Dark Side of the Moon, sempre foi questionado se o álbum havia sido deliberadamente alinhado ao filme O Mágico de Oz, algo que ele nega veementemente.

“Simplesmente não havia mecânica para fazer isso, não tínhamos como reproduzir fitas de vídeo na sala. Eu não acho que o VHS apareceu em 72, não é? ” O famoso produtor musical britânico concorda que a suposta conexão do álbum com o filme O Mágico de Oz é divertida, mas não há nada mais do que coincidência e apofenia.

Recentemente, o produtor explicou o porquê em uma entrevista a Adam Reader, da plataforma de música Professor of Rock. Ele disse que a equipe “estava ocupada demais experimentando a gravação para se preocupar em sincronizar um álbum de 43 minutos com um filme de 101 minutos de três décadas atrás”.

Em última análise, Parsons sugere que “a persistência do álbum como um tópico de conversa ao longo dos anos é um crédito para a consonância entre a música e a arte”. Tudo, desde o som do álbum até sua apresentação visual, é evocativo e inspirou gerações de fãs a usar sua imaginação.

Veja a entrevista de Alan Parsons sobre a lenda entre Pink Floyd e O Mágico de Oz:

Apesar de muita gente dizer que este assunto tenha sido resolvido, a explicação de Parsons não impediu que outras teorias surgissem sobre as semelhanças entre os dois documentos.

Para os fãs que ainda não conhecem a curiosa associação entre estes dois ícones da cultura do século 20, abaixo está uma breve síntese sobre o mito:

O álbum “The Dark side of the Moon” é uma metáfora que ilustra os conceitos do lado obscuro e negativo da vida, enquanto a canção tema de O Mágico de Oz, “Over the Rainbow”, de Harold Arlen e Yip Harburg, sugere a direção ao lugar fantástico e ao espírito livre, o que obriga realmente a pensar que as duas obras contêm uma relação intrínseca que culmina no seu exato oposto.

O Mágico de Oz
O Mágico de Oz (Foto: Reprodução Filme)

Na teoria, ouvir o clássico “The Dark Side of the Moon” enquanto o leão da Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) ruge no início de “O Mágico de Oz”, faz o espectador começar a perceber que o filme refletirá os sentimentos das canções e vice-versa.

De onde surgiu a primeira sincronia de The Dark Side of the Moon e O Mágico de Oz?

Não se tem notícia de quem sincronizou o álbum pela primeira vez, mas sabe-se que foi o jornalista americano Charles Savage o primeiro a fornecer ao mundo a amostra deste “mashup”, através de um artigo publicado por ele no Fort Wayne Journal Gazette, de Indiana (EUA), em 1º. de agosto de 1995. A matéria batizada como “The Dark Side of the Rainbow” passou então a ser a alcunha da sincronia destas duas obras.

Fato é que, ao apertar o play, existem momentos que se relacionam de modo impressionante uns com os outros. Seja quando Dorothy começa a correr no instante em que a canção “Time” diz a frase “No one told you when to run” (“Ninguém lhe disse quando correr”); ou quando David Gilmour canta “Home, home again (“Casa, casa de novo”) como parte de “Breathe”, que corresponde ao vidente aconselhando Dorothy a retornar ao Kansas.

O Mágico de Oz
O Mágico de Oz (Foto: Reprodução Filme)

Ou ainda as coincidências do som da caixa registradora em “Money”, no lado B do LP original, que sem esforço poderia ser a trilha sonora perfeita da personagem de Judy Garland pisando pela primeira vez na estrada dos tijolos amarelos; ou no momento em que ela encosta o ouvido no coração do Homem de Lata justamente quando ocorre o som crescente dos batimentos cardíacos, no fim do álbum. Mas as coincidências não param por aí, existem listas enormes delas espalhadas pelos sites de música e cinema da Web.

A verdade é que, desde que essas estranhas coincidências foram publicadas por Savage, a história se espalhou como um incêndio e seria difícil encontrar um fã do Pink Floyd que não tivesse pelo menos dado uma olhada para conferir se reconhece algumas destas sincronias na obra-prima da banda inglesa.

Conheça a sincronia de ‘Dark Side of the Rainbow’ e ‘O Mágico de Oz’:

The Dark Side of the Moon X The Wizard of Oz

O álbum “The Dark Side of the Moon” do Pink Floyd ficou famoso por ocupar o topo da Billboard 200, nos Estados Unidos, por um recorde de 777 semanas consecutivas, entre 1973 e 1988.

“The Wizard of Oz” ganhou dois prêmios Oscar em 1940, de Melhor Trilha Sonora e Melhor Música, com a comovente “Over the Rainbow”. Nesta mesma 12ª. cerimônia da Academia de Cinema de Hollywood, Judy Garland foi homenageada com o prêmio Academy Juvenile Award, também conhecido como Oscar Juvenil, como reconhecimento pela sua brilhante atuação, com apenas 17 anos.

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