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Um breve panorama sobre os acontecimentos marcantes dos anos 60 e suas revoluções

14 de abril de 2016, por Livia Costa
Lifestyle
Jovens da década de 1960

Liberdade, provocação, modernidade, igualdade, juventude, contracultura e vanguarda são apenas alguns dos subjetivos que resumem o que foi a década de 1960, uma das mais completas em acontecimentos do século XX que mudaram toda uma geração.

Chega a pílula anticoncepcional, combinada com o frescor feminista das minissaias, acompanhadas das meias calças coloridas. Dando continuidade à histeria feminina, surge os Beatles e os Rolling Stones, bem vestidos com seus terninhos e cabelos bem cortados ainda no inicio da década. A linha do “novo dândi” conquista as garotas, marcando uma geração de tietagem das boybands, surgindo as garotas groupies.

Jovens dançando nos anos 60

Jovens dançando nos anos 60 (Foto: Reprodução)

O sarcasmo da pop art de uma indústria crescente da pós guerra, Andy Warhol e Roy Lichtestein influenciam nas artes e nas capas de discos do The Who e do The Velvet Underground. Ainda nas artes, uma padronagem totalmente geométrica e colorida ganha força, a Op Art traz o desafio da ótica e inicia uma psicodelia que posteriormente em meados da década estava por vir.

Andy Warhol,

Andy Warhol, o pai da pop arte (Foto: Reprodução)

A Inglaterra vira referência de estilo e comportamento, o requinte jovem e vanguardista persistem na Carnaby Street, rua cheia de diversas lojas e antiquários com “nomes estranhos”. Os ingleses nomeavam a nova geração de ‘Youthquake’ (um apelido para a agitação provocada pelos jovens). O desejo de reinventar e ser diferente dos pais conservadores se expandia. O símbolo da vez é a modelo Twiggy, com a silhueta de uma menina mulher e olhos de boneca, ela usava minissaia e os vestidos tubinho, modelos que eram moda na época.

Carnaby Street nos anos de 1960

Carnaby Street nos anos de 1960 (Foto: Reprodução)

No Brasil não foi tão diferente, com o plano de fundo da ditadura militar, a ebulição jovem e dos trabalhadores, marcam as ruas de protestos. O desejo de uma revolução política e social é distraída pelos trios mais requintados do momento, a jovem guarda com Roberto Carlos, Wanderléa, Erasmo Carlos e os Mutantes com Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sergio Dias, ambos influenciados pelo rock and roll britânico.

Os Mutantes e a Jovem Guarda

Os Mutantes (esquerda) e a turma da Jovem Guarda (direita) (Foto: Reprodução

Como exemplo de uma lançadora de tendências no Brasil, Wanderléa exibe suas pernas de fora e usa óculos grandes e redondos, além de longos cabelos soltos, estilo que até então, só as garotas do exterior, que tinham mais contato com a moda usavam.

Wanderléia

Wanderléia nos anos 60, foto tirada na Lagoa, Rio de Janeiro. (Foto: Sebastião Archanjo)

A corrida espacial da URSS e EUA dá inspiração para os estilistas André Courrèges e Paco Rabanne. Com as moon girls (garotas da lua em tradução literal), a moda espacial se reforçava com o uso de óculos grandes e roupas metalizadas, com todo o conceito da jornada do homem na lua. O tema estampou capas e editoriais das principais revistas de moda como a Vogue e Harper’s Bazaar, em que até Jean Shrimpton se vestiu com um traje de astronauta da NASA.

Jean Shrimpton

Jean Shrimpton como astronauta da NASA para a Harper’s Bazar (Foto: Richard Avedon)

Finalmente os ícones negros eram vistos com um pouco mais de frequência pelas mídias. No seriado Star Trek, a atriz Nichelle Nichols ganha destaque como a Uhura, os cantores talentosos da Motown Records, como The Temptations e The Supremes, continuaram em vigor, e a primeira supermodelo negra Donyale Luna fica internacionalmente conhecida.

O trio The Supremes

O trio The Supremes (Foto: Reprodução)

Em suma, os anos 60 foram muito mais do que meros acontecimentos, foram sinônimos de toda uma nova geração vigente e antenada, foi a revolução que culminaria e influenciaria mais tarde pessoas, mídia e as artes. Foi visionário e preocupado com o futuro.

Vale citar uma icônica e brilhante frase da capa da Vogue de setembro de 1961 que apresenta a seguinte pergunta: “Where’s fashion is going now?” (Para onde a moda está indo agora?), nessa capa não há nenhuma presença de uma modelo, apenas um efeito de recorte de revista com olhos e boca destacados. Sem dúvidas, essa década foi marcante e insubstituível.

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3 Responses

  1. Gostei muito da sua matéria Lívia! Os anos 60 são muito ricos especialmente 1965 e 1968! Moda, música, arte comportamento e revoluções! Abraço do Lucca, ex aluno da sua mãe da sua cidade natal!

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