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Yé Yé Francês: 10 nomes da “Jovem Guarda francesa” para ampliar a playlist

8 de fevereiro de 2023, por Leila Benedetti
Música
Yé Yé Francês

Com a invasão britânica cada vez mais forte, a ponto de se espalhar para outros países, dar uma nova cara ao rock e abrir espaço para nomes e bandas não-inglesas adotarem o “padrão Beatle”, a França também lançou um movimento do tipo chamado Yé Yé Francês. Sua história é um tanto parecida com a do Brasil, que, com base na contracultura britânica da época, criou a Jovem Guarda (também chamada de iê-iê-iê) e revolucionou a moda e o comportamento da juventude local. 

Na verdade o Yé Yé é um movimento que engloba não só a França, como também Portugal, Itália e Espanha, cada um desses países citados são variações distintas. Mas, por agora, confira os nomes que sacudiram as pistas de dança francesas dos anos 60

Os nomes do Yé Yé Francês

1 – France Gall

Vinda de uma família de músicos, France Gall começou sua carreira ainda na adolescência em 1963. Ela viu seu sucesso chegar em 1964 com seu primeiro hit Sacré Charlemagne, escrito pelo seu pai Robert Gall, mas a fama se tornou maior mesmo em 1965 quando ganhou o festival da Eurovision ao cantar Poupée de Cire, Poupée de Son, escrito por Serge Gainsbourg, e que se tornou um outro hit seu logo depois. 

2 – Françoise Hardy

Também incentivada pelo pai, a então adolescente Françoise Hardy começou sua carreira em 1961 quando leu um anúncio de jornal que dizia que a gravadora Vogue estava em busca de novos talentos. Ela foi aceita pelo selo, mas levaram ela para estudar na Petit Conservatoire de Paris para aperfeiçoar o seu vocal. Algumas vezes as aulas eram veiculadas pela televisão francesa, tornando assim as primeiras aparições da cantora na mídia, que estão preservadas até hoje. Em 1962 ela já lança seu primeiro EP, onde uma das faixas é o hit Tous Les Garçons et les Filles

3 – Jacqueline Taieb

Jacqueline Taieb nasceu na Tunísia, mas se mudou com seus pais para a França aos oito anos de idade. Ela começou a compor músicas aos 12 anos, mas só foi aos 18 anos, em 1966, que foi descoberta por um caçador de talentos enquanto cantava com os amigos, descoberta esta que lhe rendeu uma assinatura de contrato com a Impact Records. Seu maior e mais conhecido hit é 7 heures du matin, lançado em 1967. 

4 – Annie Philippe

Após se formar na escola, Annie Philippe passou a cantar em um nightclub no centro de Paris, onde conheceu o compositor Paul Mauriat, que a ajudou a conquistar um contrato com o selo Rivièra. Ela gravou seu primeiro EP em 1965 com versões francesas de músicas já famosas, como Love Me Tender, do Elvis, e Baby Love, das Supremes. Mas seu reconhecimento chegou em 1966, quando migrou para o selo da Philips e lançou o hit C’est la mode

5 – Sylvie Vartan

Nascida na Bulgária, Sylvie Vartan fez sucesso não apenas pelas suas músicas, como também pelas coreografias que ela fazia em suas aparições na TV. Ela começou sua carreira em 1961 ainda adolescente e, quando lançou a música Panne d’essence ao lado de Franke Jordan, ela não foi creditada e acabou ganhando o apelido de “a garota colegial do twist” pelos jornalistas. Logo depois que se formou do colégio, a cantora migrou para carreira solo com um contrato da Decca Records e passou a gravar versões bem-sucedidas de hits americanos da época. Além disso, ela era famosa por ser casada com Johnny Hallyday.

6 – Jacques Dutronc

Jacques Dutronc começou sua carreira em 1960 quando formou uma banda de rock com seus amigos de escola, onde ele atuava como guitarrista, a El Toro et les Cyclones. Um ano depois, o grupo já assinou contrato com o selo Vogue, o mesmo da sua então futura esposa Françoise Hardy, mas a banda acabou se desfazendo logo depois quando o músico teve que prestar serviço militar. Em 1963, ele voltou para a sua carreira musical e com o mesmo selo, mas como guitarrista de apoio e compositor. Porém retornou aos microfones em 1966 lançando o single Et moi, et moi, et moi, que se tornou um hit. 

7 – Johnny Hallyday

Influenciado por Elvis Presley e pelo rock ‘n roll americano dos anos 50, Johnny Hallyday foi aquele que levou o gênero para a França, ainda no final daquela década. Em 1960, o cantor assinou contrato com o selo Vogue e lançou seu primeiro álbum Hello, Johnny no mesmo ano. Sua carreira como músico durou até 2017, quando morreu vítima de câncer no pulmão, mas, citando a fase dos anos 60, ele ficou bem conhecido por lançar versões francesas de hits da época.

8 – Serge Gainsbourg

Ao contrário da maioria dos artistas, Serge Gainsbourg começou sua carreira de músico já adulto, aos 30 anos. Antes disso ele era pintor, dava aulas de música e tocava piano pelos bares em Le Mesnil-le-Roi, uma pequena região da França. Filho de judeus-ucranianos, o músico teve uma vida sofrida por conta da Alemanha Nazista, que ocupou a França durante a Segunda Guerra Mundial, dando a ele inspiração para escrever suas músicas na época em que ele já era um músico famoso. Aliás, suas músicas variavam de estilo, sendo o Yé Yé Francês o mais conhecido, e carregavam temas polêmicos, principalmente sobre sexo.

9 – Nino Ferrer 

Apesar de formado em arqueologia, Nino Ferrer começou sua carreira musical em 1959 como baixista da Dixie Cats. Em 1963 ele já fazia carreira solo como cantor e passou a lançar alguns trabalhos sem sucesso. Mas em 1965 ele lançou o álbum Myrza, que lhe rendeu a fama de “cantor cômico” por conta de suas rimas. Cansado da indústria musical francesa, ele voltou para a Itália em 1967 e lançou seu maior sucesso La Pelle Nera, chegando a participar de duas edições do Festival de Sanremo. Não se sabe o porquê, mas Nino tentou continuar na música novamente na França em 1970, mas sem sucesso. 

10 – Ronnie Bird

De todos os cantores do Yé Yé Francês, Ronnie Bird era o que mais chegava perto do estilo britânico de fazer rock nos anos 60. De início ele só cantava músicas em inglês “para ganhar mais autenticidade”, mas quando começou a fazer gravações em 1964, passou a misturar o inglês com o francês em suas letras, porém, ainda assim, mantendo o estilo de Londres. Seu primeiro trabalho no estúdio foi Adieu à un ami, em homenagem a Buddy Holly. 

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