Lutando contra um tipo raro de câncer em sua língua por dez anos, o baixista da série e banda Os Monkees, Peter Tork, faleceu na manhã do dia 21 de fevereiro, aproximadamente uma semana após completar 77 anos de vida, em sua casa em Connecticut, Estados Unidos. A informação veio de uma nota publicada em sua página oficial no Facebook pela sua irmã Anne Thorkelson, responsável pela equipe que monitora as redes sociais do músico.
Segundo a postagem, família e amigos próximos de Tork pedem compreensão aos fãs e à mídia para prestarem luto de forma privada e anunciam também que a página estará desativada por uns tempos até todos se acalmarem.
Peter Halsten Thorkelson nasceu em 1942 no estado de Washington D.C., Estados Unidos. Filho de um casal de professores de Economia na Universidade de Connecticut, Peter ganhou um grande incentivo de seus pais a valorizar, além do intelecto, as artes e a cultura. Aos 9 anos começou a estudar piano, o que despertou sua paixão e o dom pela música e o fez querer aprender mais outros instrumentos, entre eles o banjo, o violão e o baixo acústico.
Após se formar na faculdade na primeira metade da década de 1960, Peter se mudou para Nova York e passou a fazer pequenas apresentações de folk music no restaurante em que ele fazia bico lavando pratos durante o dia, enquanto fazia amizade com vários futuros músicos famosos, até o ano de 1965 quando foi indicado pelo amigo e também músico Stephen Stills a participar de um teste de elenco para Os Monkees, que procurava jovens músicos e atores para a série.
Em 1966 sua carreira decolou ao participar da série ao lado de Davy Jones (1946-2012), Micky Dolenz e Michael Nesmith, cantando, tocando baixo elétrico e, em alguns casos, teclado durante as cenas musicais da série. A partir de 1967, a banda deixa de ser fictícia e passa a fazer shows ao redor do mundo. No mesmo ano, a série foi cancelada e em 1968, Os Monkees ganharam o longa metragem Head, que não teve uma boa repercussão.
Peter saiu do grupo em 1969 e seguiu carreira solo, em 1970 ele teve dificuldades em fazer sucesso novamente, problemas financeiros a ponto de vender sua casa e morar no porão na casa de um amigo junto com a namorada grávida, e, inclusive, problemas com drogas, chegando a passar três meses na prisão em 1972.
Em meados da década de 1970, já recuperado em relação às drogas, casado e com mais um filho, Peter deixou o palco de lado por uns tempos e trabalhou por um ano e meio como professor em uma unidade da Califórnia da particular Pacific Hills School, onde deu aulas de música, estudos sociais, francês, matemática e história, além de atuar como coach em times de baseball de várias outras escolas.
Lá pelo final da década de 1970, Peter começou a fazer aparições em programas de TV ao lado de seus antigos colegas Davy Jones e Micky Dolenz, o que levou o trio a se reunirem para gravar álbuns especiais e fazer shows de retorno, reuniões estas que foram acontecendo até os dias de hoje, incluindo a volta de Michael Nesmith depois da morte de Davy Jones em 2012.
Em paralelo às reuniões com Os Monkees, Peter Tork também trabalhou com sua banda de blues Shoe Suede Blues entre as décadas de 1990 e 2000, onde, além de músicas de autoria própria, também gravou versões de alguns hits clássicos dos Monkees em ritmo de blues.
Peter deixa esposa, três filhos e uma legião de fãs, em sua maior parte, estadunidenses.