Mesmo com a sanção da Lei Áurea em 1888, a escravidão ainda era comum nas áreas rurais brasileiras dos anos 40. E é esse o tema central do mais novo romance da jornalista Juliana Valentim, O Abrigo de Kulê – uma busca incondicional pela liberdade.
A obra ambientada em uma pequena cidade do interior de oitenta anos atrás narra a história de Gabriel, um caixeiro-viajante, e Maria, uma moça que sonha em conhecer o mundo e ama ler. Juntos, os jovens descobrem o valor da liberdade e que devemos lutar por ela todos os dias.
“Despediram-se, então, com uma inquietação na alma. Sentiam vontade de viver demasiadamente, até o talo da vida. As peles queimavam feito uma febre faminta de tudo. Sentiam vontade de engolir o mundo”, diz um trecho do livro.
Além da escravidão, outros temas importantes e que atravessam décadas são abordados em O Abrigo de Kulê, como o amor, a coragem e a sororidade. Sem contar que sua narrativa detalha muito bem os costumes do antigo interior do Brasil, fazendo o leitor viajar ainda mais pela imaginação.
Quanto a capa, sua arte é um trabalho da desenhista Elaine Lyra, com ilustração digital de Flávia Hashimoto. “Imaginei uma capa que abordasse essa busca pela liberdade de forma lúdica. Por isso, trouxemos o desenho da jovem aprisionada, mas com lindas asas coloridas. É uma imagem que diz muito”, explica Juliana.
O Abrigo de Kulê está disponível de forma impressa (não tem ebook) no site da Amazon.
A autora de O Abrigo de Kulê
Juliana Valentim é formada em jornalismo e trabalha solidamente em seu portal na internet Palavras que Dançam, além de seu perfil homônimo no Instagram. Apaixonada pela escrita e pelas palavras, a jornalista já tem dois livros publicados, Manuscrito de um Viajante e outro que leva o nome de seu site. Ambas as publicações são de crônicas e poesias, e agora ela embarca para a narrativa com seu primeiro romance.