A Funarte e o escritor Clóvis Corrêa lançaram um livro biográfico de Marina Miranda. A comediante e cantora muito conhecida durante as décadas de 1970 e 1980 foi a primeira negra humorística a fazer sucesso na televisão brasileira.
Com prefácio de Ricardo Cravo Albin, Marina Miranda – Além da ‘Crioula Difícil’ aborda toda sua carreira, que foi construída ao lado do colega Tião Macalé protagonizando um quadro no humorístico da Rede Globo, Balança Mas Não Cai. Este livro é uma narrativa-reportagem baseada em documentos históricos e entrevistas coletados nos acervos do jornal A Noite e da TV Rio.
Por conta da pandemia, as comemorações do lançamento foram realizadas por meio de uma live nesta última quarta-feira, 30, às 17h, no YouTube. Nela, houve a presença do autor, que realizou um bate-papo com o público, e participações dos atores Maria Ceiça, Deo Garcez e José Araújo, cada um lendo um trecho do livro. Para quem não viu a live ou quer rever, a Funarte disponibilizou o vídeo em seu canal.
Marina Miranda – Além da ‘Crioula Difícil’ está disponível na Livraria Mário de Andrade, que fica localizada dentro da sede da Funarte, no Rio de Janeiro. Além da compra física, o livro também pode ser adquirido por meio de encomenda por todo o Brasil entrando em contato pelo email livraria@funarte.gov.br.
Marina Miranda, a “Crioula Difícil”
Nascida na cidade de Paraíba do Sul em 1930, a comediante carioca Marina Miranda começou sua carreira cantando ópera na Rádio Nacional nos anos 50. Em seguida, ela mudou seu gênero musical para marchinhas, e, com isso, alavancou sua carreira como comediante.
Nos anos 70, Marina fez sucesso por atuar nos programas de Chico Anysio e, principalmente, pela sua personagem Crioula Difícil em Balança Mas Não Cai.
Além dos humorísticos, a atriz também fez papéis cômicos em novelas da emissora carioca até os anos 2000. Depois disso, ficou desempregada e passou por dificuldades financeiras até ser chamada pela TV Record, onde participou da trilogia de Os Mutantes e um especial de fim de ano em 2010.
Recentemente, Marina Miranda, hoje com 90 anos, carrega dois prêmios pela sua carreira. O primeiro é o Troféu Raça Negra 2010 pela sua contribuição à cultura do país, ganho em um evento solene realizado na Sala São Paulo, e o outro, é a Medalha Chiquinha Gonzaga 2019, concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro a mulheres que se destacam em várias causas sociais e culturais.