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Fitas K7: formato de áudio está se tornando febre cada vez mais

4 de fevereiro de 2021, por Leila Benedetti
Lifestyle
Fitas K7

Com a nostalgia sendo levada a sério cada vez mais, principalmente quando se trata da década de 90, as fitas K7 voltaram à tona. O formato vem alcançando seu revival desde 2017 e em 2020 já alcançou seu maior número de vendas desde 2003. 

Tudo começou quando uma empresa francesa especializada em fitas magnéticas para bilhetes de metrô percebeu a onda retrô que tomava conta dos jovens e decidiu fabricar esse tipo de formato de áudio. O sucesso foi imediato e vários músicos da atualidade aderiram ao formato em suas gravações, ao mesmo tempo que lançavam seus trabalhos no formato digital. Hoje, esta empresa, chamada Mulann, já exporta as fitas K7 para cerca de trinta países e movimenta cerca de 5 milhões de euros. 

Este retorno também atingiu o Brasil, artistas como Pitty, Planet Hemp, Nando Reis e a independente The Zombrain lançaram recentemente seus álbuns em fitas K7. Em resumo, é o mesmo que aconteceu com o vinil – foi febre, ficou esquecido para dar lugar aos CDs, voltou como um artigo cult e voltou a se popularizar como antigamente. 

The Zombrain
(Vários músicos, independentes ou não, estão lançando seus álbuns em fita K7. | Foto: Divulgação/The Zombrain/Instagram)

Ainda, o formato se popularizou ainda mais entre a Geração Z com 13 Reasons Why. Na série teen da Netflix, bem como no livro homônimo lançado em 2007 que serviu de base para sua produção, a personagem Hannah explica o porquê de seu suicídio por meio de gravações em fitas K7. 

E para completar, não precisamos mais revirar os fundos de nossas casas em busca de nossos antigos toca-fitas. O mercado também está vendendo aparelhos para este formato, e ainda com design oitentista. A não ser que você goste muito de sua relíquia e queira usá-la.

Boombox
(Ao lado das vitrolas, os toca-fitas também estão sendo lançados atualmente. | Foto: Divulgação/Extra

Mas, afinal, por quê as fitas K7 voltaram com tudo?

O avanço da internet e o surgimento das redes sociais nos deram mais acesso à informação e uma facilidade maior em trocar experiências com pessoas diferentes. Sempre fomos curiosos por natureza e a tecnologia de hoje nos ajuda a suprir toda a nossa curiosidade. 

Com jovens ansiosos em saber como viviam seus pais quando estes tinham a sua idade e adultos com saudades de uma época em que “tudo era mais tranquilo e melhor”, claro que muitos artigos ligados ao passado, independente do período, deram as caras na internet. Portanto, esse é um dos principais motivos (que já foi citado lá em cima, aliás), a nostalgia. 

Fitas K7
(Foto: Reprodução)

Outro motivo é que, segundo os mais experientes em áudio, a qualidade sonora do formato analógico é superior ao do formato digital. É por isso que músicos e profissionais que trabalham com estúdio tem uma vasta coleção de discos de vinil e, agora, fitas K7. 

A manutenção das fitas K7, quando elas apresentam algum problema, também é mais fácil. Enquanto o vinil e o CD se arranham com facilidade, as caixinhas analógicas são mais resistentes à quedas, e caso a fita magnética quebre, é só emendar e continuar ouvindo, coisa que não dá para fazer com arquivos digitais, que perdem totalmente a utilidade quando se corrompem. E quando elas enroscam? As canetas BIC estão aí para isso!

Fita K7 e caneta BIC
(Caneta BIC, sua linda! | Foto: Reprodução)

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