O mundo havia acabado de sair de uma enorme crise financeira que durou toda a década de 30. Logo, foi para a Segunda Guerra Mundial, que não só acentuou a escassez como também causou a destruição, tanto estrutural como de vidas inocentes.
Com muitos homens estavam em campo de batalha, as mulheres dos anos 40 passaram a entrar para o mercado de trabalho. Essa situação toda deu mais empoderamento a elas, que, consequentemente, acabaram contribuindo no cenário político, social e da guerra.
Confira as mulheres mais influentes dos anos 40
1 – Anne Frank
A caçula dessa lista era alemã, mas se mudou com a família para a Holanda por conta da crise financeira causada pelo governo de Hitler. Em 1940, os alemães invadiram a Holanda e estabeleceram regras que dificultaram a vida dos judeus. Anne e sua família eram adeptos da religião e sofreram horrores, principalmente por conta da perseguição dos nazistas. Confinada em um esconderijo nos fundos da empresa de seu pai, juntamente com seus familiares e outros judeus, ela passou a escrever sua rotina em diários, que mais tarde foram publicados em livros. Anne morreu aos 15 anos em um campo de concentração.
2 – Dorothea Lange
A pioneira americana na fotografia documental já era consagrada nos anos 30 por clicar pessoas durante a Grande Depressão nos anos 30, principalmente pela sua obra Mãe Migrante, de 1936. Nos anos 40, ela se destacou ainda mais fotografando nipo-americanos em campos de realojamento durante os ataques de Pearl Harbor. Seu clique de maior impacto, nesta ocasião, foi a de crianças nipo-americanas jurando a bandeira dos EUA em um momento em que pessoas de mesma etnia estavam sendo detidas no país sem cometer crime algum.
3 – Jane Fawcett
Em 1940, Jane se juntou ainda jovem, com 18 anos, a um projeto da Marinha Britânica que juntava moças da alta sociedade em Bletchley Park para ajudar secretamente no combate contra o exército alemão, que pretendia atacar a Inglaterra a bordo do navio Bismarck. Chamada ao grupo por dominar a língua alemã, Jane recebeu a função de codificar as mensagens internas dos alemães. Em 1941, acabou descobrindo a localização e a posição do navio alemão, que foi atacado e naufragado pelos britânicos graças à informação coletada pela moça.
4 – Virginia Hall
A jovem americana foi para a França em 1941 para ajudar a organizar a resistência contra os nazistas. No começo ela era um tanto subestimada, pois, além de ser uma das poucas espiãs mulheres atuando em território inimigo, ela também usava uma prótese de madeira na perna e andava mancando. Mas isso foi superado quando ela conseguiu libertar prisioneiros e ficou conhecida por todos como uma das mais eficazes e audaciosas agentes secretas durante a Segunda Guerra Mundial.
5 – Recy Taylor
A afro-americana se tornou ativista em prol dos negros depois de ter sido estuprada por seis homens brancos no caminho de volta da igreja no estado do Alabama em 1944. Apesar de Recy não ter ficado calada e ter recorrido à polícia imediatamente, os criminosos não receberam nenhum tipo de punição. A situação toda mobilizou a Associação Nacional pelos Avanços da Gente de Cor e a ativista negra Rosa Parks, que levaram o caso para o tribunal, também sem sucesso por “falta de provas”.
A justiça só foi feita em 2011, quando o Estado do Alabama pediu desculpas a Recy e sua família por “falhar na punição dos agressores” e o caso ganhou um documentário em 2017.
6 – Chien-Shiung Wu
Com sua criação amplamente voltada para a educação e o feminismo, a chinesa cresceu e se formou em Física em Nanking. Depois de formada, ela continuou seus estudos nos EUA nos anos 30 e, nos anos 40, ela se tornou a primeira mulher docente em Física da Universidade de Princeton.
7 – Eva Perón
A então atriz argentina se casou com o vice-presidente e ministro do Trabalho e da Guerra da Argentina Juan Domingo Perón em 1945. Um ano depois, seu marido tomou posse da presidência e ela se tornou primeira-dama. Famosa pela sua elegância e carisma, Eva conquistou o público para o “peronismo”, movimento este liderado por Juan que apoiava a população pobre, em sua maioria migrantes de origem rural.
8 – Amrit Kaur
Ela foi ministra da saúde do governo indiano e ainda foi ativista pela liberdade e reforma social do país, além de ser uma forte seguidora de Gandhi. Entre suas ações estavam a luta para reduzir o analfabetismo, erradicar o casamento entre crianças e o sistema de Purdah, que ainda prevalece em algumas comunidades indianas.
9 – Eleanor Roosevelt
Ela foi primeira-dama entre os anos de 1933 e 1945 e apoiou a política do New Deal, criada pelo seu marido e presidente Franklin Roosevelt, além de se tornar uma grande defensora dos direitos humanos. Mesmo após ter ficado viúva, ela continuou sendo uma porta-voz, defensora e ativista do New Deal e lutou para dar melhores condições trabalhistas às mulheres.
10 – Simone de Beauvoir
A francesa era escritora, intelectual, ativista política e feminista, e filósofa, embora não se considerasse como essa última. Seu destaque são seus livros dos mais variados formatos (romance, biografias, ensaios…), mas tendo a filosofia, política e questões sociais como tema. Uma obra que a torna bastante conhecida é O Segundo Sexo, de 1949, que faz uma análise detalhada da opressão das mulheres e aborda o feminismo contemporâneo. Além disso, ela também fez parte do polêmico manifesto para alterar a idade de consentimento para relações sexuais na França.