A pioneira do rock no Brasil, Celly Campello, é mais uma artista a ganhar uma cinebiografia póstuma com o filme Um Broto Legal. Com o lançamento agendado para 16 de junho, dois dias antes em que ela completaria 80 anos, o longa contará como a cantora iniciou sua carreira e como alcançou o estrelato.
Planejado para estrear no cinema convencional, o filme com distribuição da Pandora Filmes já tem toda a equipe escalada para a produção. Seu elenco contará com a direção de Luiz Alberto Pereira, roteiro dele também juntamente com Dimas de Oliveira Jr. e elenco formado por Marianna Alexandre no papel principal, Murilo Armacollo, como Tony Campello, entre outros.
Além disso, para contar a história da forma mais fiel o possível, Luiz e Dimas, que acompanharam de perto a carreira da cantora, um por também ter morado em Taubaté, e outro, por ter conhecido Celly pessoalmente e assistido seus shows, tiveram a consultoria de ninguém mais e ninguém menos que Tony Campello. O agora senhor de 85 anos entrou nesse projeto com muito saudosismo, compartilhando histórias, fotos, discos e prêmios tanto da irmã como dele próprio, objetos esses que, além de ter servido como base para o roteiro, foram emprestados para se tornar elementos cenográficos.
Apesar de já ter uma data de lançamento definida e imagens de divulgação circulando pelos quatro cantos da web, o filme ainda não tem trailer.
A broto legal Celly Campello
Nascida em São Paulo, mas criada em Taubaté, a considerada uma das Rainhas do Rock Brasileiro (a outra é a Rita Lee, só para constar) entrou para o ramo musical ainda cedo, aos seis anos de idade, cantando na Rádio Cacique de Taubaté. Logo depois, ainda criança, virou uma integrante fixa do Clube do Guri, na Rádio Difusora da cidade e, aos doze anos, já havia conquistado seu próprio programa de rádio.
Mas o sucesso veio em 1959, aos dezesseis anos, quando ela passou a formar dupla com seu irmão Tony Campello. Os dois juntos gravaram discos, se apresentaram na televisão, fizeram aparições em filmes…em resumo, eles eram a “Sandy e Júnior dos anos 50 e 60”. Mesmo se destacando na carreira ao lado do irmão, ela também fez projetos solo bem-sucedidos, como os hits Estúpido Cupido, Banho de Lua, entre outros.
Sua carreira na música, apesar de brilhante, foi curta. Em 1962, ela parou de cantar para se casar com o contador José Eduardo, que era seu namorado desde os 14 anos de idade, contrariando o espírito rebelde do rock n’ roll. Ela até voltou a cantar nos anos 70 por conta do auge da novela Estúpido Cupido, que levava seu hit homônimo como música-tema, mas atraindo um público nostálgico, apresentando seus hits dos anos 50 e lançando versões de alguns hits internacionais do final dos anos 70.
Celly Campello morreu em 2003, aos 60 anos, vítima de câncer de mama. Ela deixou seu primeiro e único marido, dois filhos e dois netos.