Quando vemos aquelas lanchonetes americanas antigas, com bancos de metal e placas de neon, ficamos completamente malucos, não é mesmo? A origem dos “diners’ americanos vem da expressão “dinning car” ou carro de jantar e era originalmente, um carro com um vagão adaptado (como uma carroça) que saía por aí vendendo lanches baratos para trabalhadores.
Há quem atribui a origem do diner à Walter Scott, um jovem que trabalhava em um jornal em Providence, Rhode Island em 1872. Desde cedo, Scott complementava a renda no jornal vendendo sanduíches e cafés em uma cesta para trabalhadores noturnos da cidade. O negócio dos lanches se tornou mais lucrativo que o trabalho de impressão, fazendo Scott largar o emprego e se dedicar ao ramo da comida. Ele passou a utilizar uma carroça para realizar o serviço, passando a servir os lanches através das janelas do veículo (alguém falou em food truck?).
A ideia deu tão certo que logo apareceram outras carroças vendendo comidas, e mais tarde, passaram a utilizar vagões de refeições de trens desativados e os adaptaram para o serviço na rua.
Com a ideia lucrativa, começaram a surgir também as primeiras empresas que fabricavam vagões específicos para a venda de comida de rua, já com espaço onde o cliente pudesse entrar e se sentar em frente à uma bancada.
A primeira empresa do ramo se situava em Massachusetts e criada por Thomas Buckley. Mas a patente foi reconhecida por Charles Palmer, em 1893, com o seu “Night-Lunch Wagon”, algo como “vagão do almoço noturno”.
Os primeiros vagões, tanto os originais de trens quanto os pré-fabricados, possuiam um visual mais rústico, com rodas grandes e estrutura de madeira.
Já a partir dos anos 30, o design americano foi muito influenciado pela arte moderna e o estilo ‘streamline’ foi adotado na fabricação de móveis e eletrodomésticos e na indústria automobilística. O estilo streamline é conhecido por sua aerodinâmica e ergonomia, focado em conceitos de rapidez e velocidade, com linhas retas e paralelas e cantos arredondados, e principalmente, focado no uso de materiais mais modernos, como o aço Inox.
Os diners então, passaram a seguir a mesma temática e estrutura de fabricação dos trens modernos, sendo pré-fabricados e prontos para serem colocados no local.
Nos anos 50, os diners continuaram se espalhando pelo país, incorporando novas características como o Googie Style e novos materiais como a fórmica, utilizada em balcões e mesas, e o granito utilizados em pisos, além da decoração cada vez mais exagerada com o uso de cores fortes e fachadas em neon.
Os diners se tornaram símbolo de uma geração jovem e moderna que buscavam pontos de encontros, onde pudessem fazer uma refeição rápida e com baixo custo e ao mesmo tempo pudessem aproveitar a música e jogar conversa fora. Muitos diners passaram a ter estacionamentos maiores, semelhantes aos drive-ins, onde eram feitos encontros de carros como hot rods e muscle cars, e por onde as atendentes com patins circulavam para retirar os pedidos direto no carro.
Muito bom sempre ter pessoas empenhadas em difundir o universo retrô. Muito legal Aline.
Oi Kadú, essa nossa função com o Universo Retrô, ficamos contentes que gostou da matéria da Aline. Esperamos que possa se divertir com nossas outras matérias também :)
Me encontei em seu blog..amo demais anos 40 e 50
Seja bem-vinda!
Sou fã dos anos 40, 50 e 60 tenho o sonho de montar uma lanchonete no estilo retrô, com garçonetes de patins e tudo mais.
Parabéns pela matéria!