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A Grande Família: entenda as referências retrô da série

31 de agosto de 2022, por Leila Benedetti
Cinema & TV
A Grande Família

A segunda e mais famosa versão de A Grande Família pode ter acabado em 2014, porém a estética retrô da série continua inspirando e sendo referência para muitas pessoas. O visual da série, na verdade, foi uma tentativa um tanto estereotipada de reproduzir a vida real da classe média brasileira, mas que acabou caindo na graça do público.

Seu enredo é ambientado em épocas contemporâneas (entre as décadas de 2000 e 2010), mas nem tudo lá leva a estética do passado. Porém, tem muitos detalhes, cheios de referências de outras épocas. Confira.

A estética retrô de A Grande Família

1 – Cenários

Aqui no Brasil, as residências e comércios mais populares são localizados em imóveis antigos, construídos entre o final dos anos 50 e meados de 80. Apesar de muitos deles ainda preservarem aquelas suas portas e janelas de ferro com vidraçaria craquelada, estes são todos reformados com acabamentos atuais. Dificilmente vemos uma casa ou salão comercial em sua estética original. 

Já na série, seus cenários contam uma outra realidade a respeito da estética urbana brasileira. Residências, como a da família Silva e a casa vizinha alugada por Bebel e Agostinho, e os comércios, como o salão de beleza e a pastelaria, ainda mantém não só os papéis de parede e revestimentos hidráulicos como também os lustres e a mobília antiga, todos ao estilo dos anos 60 e 70.

A Grande Família
(A simpática copa-cozinha dos Silva. | Foto: Reprodução/Rede Globo)

2 – Elementos de cena

Os elementos de cena contemporâneos são mostrados na série apenas quando não são relevantes para o enredo, como os carros dos figurantes por exemplo, ou para mostrar que algum personagem é rico ou jovem.

Mas em tempos em que o CD estava em alta, os personagens escutam suas músicas em disco de vinil, uma tecnologia esquecida na época. E o curioso é que quem é o mais assíduo por este formato é o Tuco. O filho jovial dos Silva tem uma coleção de rock clássico e Bob Marley guardada no quarto. Eletrodomésticos e utensílios de cozinha também não ficam de fora, há coisas que você vê e logo pensa “Ei, minha mãe/avó já teve um desses!”. 

Jarra de Abacaxi
(Um belo dia, a mãe da redatora viu uma cena com essa jarra de abacaxi e disse “olha, filha, sua vó tinha uma igualzinha!”. | Foto: Reprodução/Rede Globo)

3 – Figurinos

Com exceção do Tuco, da Bebel e dos figurantes, que se vestem à moda dos anos 2000, já reparou a pegada anos 60 e 70 nos figurinos dos personagens? No decorrer da trama nos deparamos com os vestidinhos da Dona Nenê, os macacões da Marilda, as camisas do Agostinho e do Mendonça, além dos trajes engomadinhos do Lineu e do look típico de feirante do Beiçola

O estilo e as estampas floridas e psicodélicas dessas roupas nos faz questionar se a série é ambientada mesmo em época contemporânea. O mesmo vale para os penteados de algumas personagens. 

Agostinho e Dona Nenê
(Muitos do figurino de A Grande Família tem o estilo dos anos 60 e 70. | Foto: Reprodução/Rede Globo)

4 – Trilha sonora

Nas três primeiras temporadas, a trilha sonora era composta, em sua maioria, pelo “funk” da época, como Bonde do Tigrão e MC Serginho, afinal, era o que estava na moda entre o público da classe média brasileira. Com o tempo, esses “hits” foram trocados por Tim Maia e outros nomes da cena disco brasileira. 

Mas a produção de A Grande Família se superou mesmo ao cuidar da trilha sonora da versão filme da série, lançada em 2007 nos cinemas e que também fez sucesso. Este longa foi tomado pela Jovem Guarda, mais especificamente com as músicas de The Brazilian Bitles, Lafayette e os Tremendões, Roberto Carlos e Os Incríveis. Tudo bem que foi por conta do enredo girar em torno da época em que Lineu e Nenê começaram a namorar. Mas, mesmo assim, houve passagem de décadas e, consequentemente, o dobro de referências retrô em comparação com a série. 

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