(Foto: Be a Bombshell)
Se você não é uma modelo profissional, fotografar não será uma tarefa fácil, principalmente se você decide ser fotografada como as antigas pin-ups, que exige um pouco mais de estudo, tanto em relação a vestimenta, quanto à postura e expressão, itens essenciais para valorizar uma fotografia pin-up.
Entretanto, fazer uma foto nesse estilo é mais que querer ser uma modelo, é algo que envolve autoestima e autoconhecimento.
Muitas vezes, estamos cegas a nossa própria personalidade e beleza, pois não enxergamos nossas qualidades, vendo apenas defeitos. Então, quando fotografamos passamos a aprender e entender quem somos. Qual o nosso melhor ângulo, que tipo de maquiagem nos deixa mais bonita, como preferimos nosso cabelo, a pose que valoriza nossa postura.
Esse é o tipo de coisa que, quase sempre, passa imperceptível quando nos olhamos no espelho, mas, que congelado em imagem, nos traz outra percepção sobre nós mesmas, uma percepção de aceitação, de sabermos quem realmente somos.
A disposição para ser fotografada deve estar tanto na pré-produção, quanto na produção e pós-produção, pois o resultado irá refletir muito como você se sente no momento.
Quando você é fotografada em uma fase que não se sente bem, isso fica perceptível no resultado das imagens, não necessariamente para os outros, mas para você mesma. Se você não gosta das fotos, o que muitas vezes não se refere ao trabalho do fotógrafo, mas realmente a sua expressão, você, ao invés de querer compartilhar as imagens, quer deletar e esquecer, como se nunca tivesse feito aquele trabalho.
Já quando se está bem, você consegue ver o trabalho final muito mais autoavaliativo do que julgador. Percebe pontos que passa a admirar em si e passa a enxergar outros pontos de possíveis melhorias.
A prova de que esse estilo fotográfico melhora a autoestima feminina, está abaixo, no depoimento de algumas de nossas leitoras:
Ana Paula Rabitsch – Anny Cupcake: Quando você está em evidência, passa a se olhar diferente. Fazer fotos com temática vintage, me possibilitou reviver uma época fascinante. Independente do peso e tipo de corpo, todas podem. Me sinto abraçada por todas as mulheres glamourosas ao reproduzir os seus figurinos e poses em ensaios retrô.
Dayane Nunciatelli – RedMaddox: Sempre quis ser fotografada, mas ser modelo exigia um certo “padrão” no qual nunca me encaixei. Foi no “meio retrô” em que consegui trabalhos como modelo. Posar para as câmeras me faz sentir mais motivada, capaz e realizada, principalmente quando trago para os ensaios o meu gosto e a minha identidade (no meu caso o estilo pin up). Quando vejo resultado final, me sinto feliz e segura, e tenho a certeza de que todas nós temos a nossa beleza, independente de qualquer padrão que é imposto.
Talita Cardoso: Minha primeira experiência com fotografia retrô foi em 2016, eu nunca havia feito fotos antes, muito menos nesta temática. Confesso que foi algo difícil, porém, muito importante na minha vida, pois nunca fui padrão de beleza. Aliás, a mulher negra nasce e cresce com autoestima baixa pela falta de representatividade das mídias no geral. Através da fotografia, eu descobrir minha beleza e comecei a me valorizar mais como mulher e pessoa. Para mim, foi quebrar um paradigma.
Não é à toa que o mercado de projetos fotográficos que transformam mulheres em belas pin-ups têm crescido no Brasil, atendendo aos mais diversos pedidos e gostos, de fotografias mais clássicas, a mais modernas.