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Em entrevista, diretor de London Town, ‘Derrick Borte’ fala do filme sobre The Clash

5 de outubro de 2016, por Eduardo Molinar
Cinema & TV
London Town

Assim como o Universo Retrô ouviu os fãs de The Clash sobre London Town, novo filme sobre a banda punk inglesa, o site também conversou com o diretor Derrick Borte sobre seu filme. Derrick falou sobre a influência da banda em sua vida, a possível vinda do filme ao Brasil, a recepção e resposta dos fãs da banda em relação ao longa e ainda deu pistas que a história retratada é quase autobiográfica.

Universo Retrô: O que a banda The Clash significa para você?
Derrick Borte: Quando eu tinha 14 anos de idade alguém me deu uma fita cassete da primeira gravação do Clash. Imediatamente eu soube que era a música que eu deveria ouvir. Aquilo significou algo de uma forma que nenhuma outra música fez antes, ou faz agora. Por isso achei importante contar a história (do filme) da perspectiva de um jovem, pois todos lembramos daquela primeira gravação que teve tanta influência em cada um de nós. Esse filme é sobre o poder da música em mudar sua vida.

Universo Retrô: Como foi a produção do filme? Quais as partes foram as mais difíceis de fazer?
Derrick Borte: É sempre difícil fazer uma produção de época. Especialmente com baixo orçamento. Mas o mais complicado foi ajeitar a música com a banda da forma correta. Não queríamos apenas tocar um playback, então fomos ao estúdio e regravamos todas as músicas ao vivo com nossos atores tocando e cantando todas elas.

Derrick Borte

Derrick Borte diretor do filme sobre a banda The Clash London Town (Foto: Justin Baker/Getty Images)

Universo Retrô: A época em que London Town é ambientado foi marcado por confrontos entre a população e o governo e a polícia. Se o Clash tivesse aparecido nos dias atuais, você acha que ele teria o mesmo impacto?
Derrick Borte: Se o Clash aparecesse hoje acho que soariam totalmente diferente da forma que soaram naquela época. Eles foram muito influenciados por vários tipos de música e tenho certeza que, se emergissem agora, seriam influenciados da mesma forma…no entanto não os reconheceríamos como The Clash.

Universo Retrô: Sobre a distribuição do filme, há planos de chegar ao Brasil?
Derrick Borte: Eu realmente espero que sim!

Universo Retrô: Você recebeu relatos de punks ou de fãs em geral da banda sobre London Town?
Derrick Borte: Sim. A resposta daqueles que conheceram a banda e eram próximos deles naquele período tem sido ótimo. Muitas pessoas tem comentado como o filme trouxe de volta as experiências que eles tiveram com o Clash e como nós capturamos a essência da banda, da música, do tempo. Claro que há pessoas que queriam um filme diferente sobre o Clash. Cada um tem ou quer sua própria versão da história da banda, provavelmente porque eles (Clash) tem fãs apaixonados pelo mundo todo.

Strummer disse que todos tem uma história pra contar, e quanto mais eu vejo certos aspectos da minha história neste filme, essa é a história de Shay… um garoto na Londres de 1979, e sua questão com seu ídolo.

London Town

Pôster do filme ‘London Town” dirijo por Derrick Borte (Foto: Divulgação)

Universo Retrô: O trailer é sensacional, principalmente nas partes em que Jonathan Rhys-Meyers mostra ter “aprendido” as características de Joe Strummer. O quanto Jonathan entrou no papel?
Derrick Borte: Foi um grande prazer trabalhar com Johnny durante todo o processo. Ele estava completamente comprometido (com o papel) e mostrou isso. Ele é incrível como Joe. Passar o tempo com ele enquanto colocávamos a banda junta e trabalhávamos na música ou no seu papel foi a minha parte favorita do processo.

Universo Retrô: O que os outros membros do Clash disseram sobre London Town?
Derrick Borte: Não cheguei a conversar com eles, mas sei que “abençoaram” o scrpit cedendo toda a licença musical a nós.

Universo Retrô: Fique à vontade para enviar uma mensagem aos fãs brasileiros sobre o filme.
Derrick Borte: Espero que o filme traga aos fãs do Clash as memórias de quando ouviram a banda pela primeira vez, e os sonhos de conhecer seus ídolos. Assim como introduzir essa música à uma geração mais nova, e introduzir também a parte social, política e racial que fomentou não apenas a união do Clash, mas também do “Punk” como um conceito.

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