Um assunto entre os tatuadores e os fãs de tatuagem deu o que falar. A renomada tatuadora americana Kat Von D venceu um processo neste último dia 27, no qual vinha sofrendo desde 2021.
Em mais detalhes, a profissional tatuou um retrato do icônico trompetista Miles Davis no braço de um amigo em 2017. Entretanto, quatro anos depois, o fotógrafo Jeffrey Sedlik entrou com uma ação contra Kat alegando ser o dono do clique datado de 1989 para a revista Jazziz e que houve infração aos seus direitos autorais.
No dia da decisão, o júri levou menos de três horas para inocentar Kat de todas as acusações, concluindo que a reprodução da tatuagem, assim como o esboço de planejamento e mais quatro postagens sobre o trabalho nas redes sociais, não violou os direitos autorais. De acordo com o advogado dela, Allen B. Grodsky, o caso não deveria sequer ter sido apresentado e o júri concordou rapidamente alegando que a tatuagem não era “substancialmente semelhante” ao retrato original.
Ao deixar o tribunal, Kat expressou sua felicidade com o veredicto. “Estou extremamente feliz, grata e muito agradecida. Foram dois anos de pesadelo, preocupação com o resultado. Não apenas para mim, mas para todos os meus colegas tatuadores e todas as pessoas que são fãs das pessoas que foram tatuadas. Eu sabia que se não contestássemos isso, poderia causar danos significativos a uma indústria que lutou arduamente para promover a arte de maneira positiva e servir como um bom exemplo neste mundo”, disse a tatuadora para a Revista Rolling Stone.
Quanto ao outro lado do caso, o advogado do fotógrafo, Robert Allen, alegou decepção com o resultado do processo. De acordo com ele, algumas questões importantes não devem ter chegado ao júri, especialmente sobre a semelhança entre a tatuagem e a fotografia, além de que o seu cliente é perfeccionista e cria suas obras com riqueza de detalhes.
Kat Von D
A renomada artista, tatuadora e empresária começou a tatuar em 1996, aos 14 anos. Seu primeiro trabalho foi a letra “J” desenhada no próprio tornozelo com o uso de um equipamento caseiro, representando a inicial de seu então namorado. Já aos 16 ela passou a tatuar profissionalmente no estúdio Sin City Tattoo e, alguns anos depois, no True Tattoo, em Los Angeles.
Mas ela se destacou mesmo participando do reality Miami Ink, não apenas pelo seu talento artístico, como também pelo seu estilo único e carisma. Essa fama toda deu à ela, em 2007, um reality próprio chamado LA Ink, que acompanhava a vida diária de Kat e sua equipe no estúdio High Voltage Tattoo, além dos desafios do negócio e os relacionamentos pessoais da tatuadora.
Em paralelo ao reality, a artista também fez aparição no filme The Bleeding, como uma vampira, e foi uma das contribuidoras do livro Cherry Bomb (Carrie Borzillo-Vrenna), ao lado de Dita Von Teese, Katy Perry, entre outras artistas de estilo pin-up.
