Há exatos 25 anos, os Mamonas Assassinas tiveram que dar adeus ao seu breve sucesso por conta de um desastre aéreo. No caminho de volta de um show em Brasília, o avião se chocou contra a Serra da Cantareira e devastou todo o país.
A banda foi formada em 1989 na cidade de Guarulhos (SP) com o nome Utopia. Sua sonoridade misturava gêneros aleatórios como o pop rock, sertanejo, brega, forró, pagode romântico e ritmos internacionais. Mas o tema das letras era uma só, o humor escrachado.
Porém, o sucesso só foi alcançado em outubro de 1994 quando a banda mudou seu nome para Mamonas Assassinas e gravou uma fita demo, que incluía os então futuros hits Pelados em Santos e Robocop Gay. Em 1995, Dinho, Júlio, Bento, Samuel e Sérgio já se viam participando de programas de grandes canais abertos, fazendo shows pelo país e lançando um álbum homônimo que vendeu mais de um milhão de cópias.
O enterro dos cinco integrantes só foi realizado dois dias após o acidente, no dia 4, por conta da investigação para identificar as vítimas. O impacto que o país sofreu com a morte dos Mamonas foi tão forte que mais de 65 mil fãs compareceram à cerimônia, que, aliás, interrompeu a programação normal dos canais de TV aberta para ser transmitida ao vivo, e algumas escolas suspenderam as aulas naquele dia para prestar luto.
Mesmo após a morte, os Mamonas continuaram sendo lembrados pelo público. No resto da década de 90, produtos licenciados da banda, como brinquedos, alimentos, vestuários e HQs, foram vendidos sob a autorização da família dos integrantes. Ainda foram lançados um CD-Rom, além de CDs e DVDs de shows ao vivo, documentários e especiais para a TV ao longo dos anos 2000.