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Negras no Punk Rock: 6 bandas que gritam por inclusão no gênero

23 de agosto de 2021, por Leila Benedetti
Música
Negras no Punk Rock

O Punk Rock é conhecido principalmente pelas suas letras de protesto, que levantam questões sociais e políticas. Mas, apesar da consciência de classe nas letras, as bandas que se destacam no gênero são, geralmente, formadas por homens brancos. Até há mulheres no cenário punk, mas mesmo assim são poucas e em sua maioria brancas. Então, onde estão as negras no Punk Rock

Essa foi a pergunta de Ramdasha Bikceem, uma adolescente negra adepta ao Riot Grrrl que questionou a falta de diversidade do movimento punk feminista nos anos 90 e abriu portas para outras garotas, também negras, a criarem o Sista Grrrl’s Riot.

Um pouco mais de vinte anos depois e ainda sem muito progresso no cenário punk quanto à diversidade, esse mesmo questionamento voltou à tona em 2018 graças à Bah Lutz, vocalista da banda mineira Bertha Lutz, que também está na lista abaixo. 

Onde estão as negras no Punk Rock?

Estão estourando amplificadores com muita maestria! Conhece algumas delas:

1 – Big Joanie

Uma das mais famosas, essa banda formada em 2013 em Londres é integrada pelo trio Stephanie Phillips (vocal e guitarra), Estella Adeyeri (vocal e baixo) e Chardine Taylor-Stone (vocal e bateria). Ela possui em seu portfólio os EPs Sistah Punk e Crooked Room, lançados em 2014 e 2016, respectivamente, o álbum de estúdio Sistahs, lançado em 2018, e os singles Cranes in the Sky, It’s You e Kluster Rooms Sessions, lançados em 2020. 

2 – Útero Punk

Com apenas 15 anos, a vocalista Tati Góis fundou a banda em 2003 na Zona Norte de São Paulo após perceber que era mais comum do que ela imaginava que meninas de sua idade sofriam violência sexual em seus próprios lares. E a garota segue até hoje com seu grupo, formado com mais três homens, lançando músicas que manifestam não só contra o machismo, como também a desigualdade social e racial. 

 3 – VHC

Formada em 2009 em Sergipe, a banda tem como formação atual Carlinha (bateria), Kelly (baixo) e Islaine “Vampyy” (vocal e guitarra). Depois de alguns anos lutando para conquistar espaço em um estado preconceituoso com mulheres no cenário punk, a banda finalmente lançou o primeiro EP Condutas, em 2014 e participaram da coletânea Contra Cultura, ao lado de mais 15 bandas em 2015, além de mais dois shows em 2016. 

4 – Terror Fúnebre

O gênero dessa banda formada em 2014 é um híbrido de punk rock com terror. Tendo a vocalista Rose Psycho e o guitarrista André Bozo como seus fundadores, o grupo passou por várias formações até 2016. Hoje, ele é integrado por, além de Rose e André, Diana Rosaline (guitarra), Joy Souza (baixo) e Rizinger Drummer (bateria). 

5 – Klitores Kaos

Se apresentando como uma banda hardcore/punk/crust, o grupo formado inteiramente por mulheres em 2015, no Pará, expressa nitidamente seu feminismo e antifascismo em suas músicas. Seu trabalho mais recente é o primeiro EP homônimo lançado em 2020 com quatro faixas regadas de temas como o aborto, feminismo, feminicídio e machismo. 

6 – Bertha Lutz

A banda formada em Belo Horizonte no ano de 2006, conta como integrantes Bah Lutz (vocal), Rafa Araújo (vocal e baixo), Gabi Araújo (guitarra), Debris Oliveira (vocal e guitarra) e Carol Victoriano (bateria). Por meio das músicas, as meninas lutam contra o racismo, LGBTfobia, gordofobia, o patriarcado e tudo o que é de mais tóxico em nossa sociedade. 

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