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Os hits musicais brasileiros da década de 1940

28 de fevereiro de 2016, por Rafaella Britto
Música
Linda Batista

A efervescente Era do Rádio brasileira revelou inesquecíveis talentos da música que nos deixaram um precioso legado artístico e cultural. Selecionamos alguns dos principais hits brasileiros da década de 1940. Confira:

Carmen Miranda – Mamãe Eu Quero (1940)

A marchinha de carnaval “Mamãe eu Quero” foi composta em 1937 pelos músicos Vicente Paiva e Jararaca, porém conquistou sucesso mundial em 1940, interpretada por Carmen Miranda em seu primeiro filme em Hollywood, “Serenata Tropical”. “Mamãe eu Quero” tornou-se uma das mais conhecidas canções brasileiras de todos os tempos, e consolidou para sempre a imagem da Pequena Notável. A marchinha, conhecida pelo público norte-americano como “I Want My Mamma”, foi reinterpretada por artistas como Lucille Ball, Bing Crosby, The Andrew Sisters, entre outros.

Dorival Caymmi – O Mar (1940)

Um dos mais célebres compositores brasileiros, o poeta Dorival Caymmi cantou as dores e os amores de seus conterrâneos baianos – sobretudo dos pescadores. O lirismo permeia canções como “O Mar”.  

Gilberto Alves – Louca pela Boemia (1941)

O carioca Gilberto Alves era despretensioso. Não ambicionava nenhum sucesso (gostava mais era de cantar samba em roda de amigos no bar), mas acabou por se tornar uma das mais expressivas vozes da Era do Rádio. “Louca pela Boemia”, de Alcebíades Barcelos e Armando Marçal, está presente em suas principais antologias de sucessos.

Linda Batista – Batuque no Morro (1942)

Linda Batista colecionou sucessos de carreira e manteve-se sob o título de Rainha do Rádio por mais de uma década. Um destes sucessos é o samba batuque “Batuque no Morro”, hit do carnaval carioca de 1942, composto por Russo do Pandeiro e Sá Roris. A gravação ocorreu em 13 de agosto de 1941, e foi lançada em disco no mês de outubro do mesmo ano.

Nelson Gonçalves – Noite de Lua (1943)

Reconhecido por sua voz possante, o compositor Nelson Gonçalves é o terceiro na lista de artistas brasileiros que mais venderam discos na história do país – atrás somente de Roberto Carlos e Tonico & Tinoco. “Noite de Lua” embalou os corações de casais na década de 40.

Francisco Alves – A Última Valsa (1944)

Francisco Alves, o Rei da Voz, é autor de memoráveis obras-primas da música brasileira. “A Última Valsa”, de José Maria de Abreu e F. Corrêa da Silva, é uma das mais belas expressões do romantismo na música.

Nelson Gonçalves – Maria Betânia (1945)

Valsa do pernambucano Capiba, popular compositor de frevos. Inspirado por esta canção, o então garotinho Caetano Veloso sugeriu a sua mãe que sua irmã mais nova, que acabara de nascer, fosse batizada com o nome de Maria Bethânia. 

Isaurinha Garcia – Mensagem (1946)

A “Edith Piaf brasileira” interpretou mais de trezentas canções ao longo de sua carreira. Por seu talento singular, conquistou o título de “personalíssima”. “Mensagem”, de Aldo Cabral e Cícero Nunes, lançada em 1946, consagrou-a para sempre na história da música popular brasileira.

Luiz Gonzaga – Asa Branca (1947)

“Asa Branca”, do rei do Baião, Luiz Gonzaga, é uma das mais ricas canções populares do Brasil: lançada em 1947, o choro retrata de maneira poética e sentimental a retirada dos sertanejos, em vista da seca que abala o interior nordestino. É uma das canções brasileiras de maior sucesso no mundo, e chegou a ser interpretada em língua inglesa (White Wings) por Demis Roussos.

Aracy de Almeida – Não me Diga Adeus (1948)

Aracy de Almeida é “o samba em pessoa”: “Não me Diga Adeus”, composta por Paquito, Luís Soberano e João Corrêa da Silva, foi a sensação do carnaval de 1948.

Emilinha Borba – Chiquita Bacana (1949)

A marchinha “Chiquita Bacana”, de autoria dos compositores João de Barro e Alberto Ribeiro, foi imortalizada na voz de Emilinha Borba. “Chiquita Bacana” trata do existencialismo (doutrina filosófica que era moda entre a intelectualidade da época, influenciada pelas ideias de Sartre e Albert Camus) de maneira boêmia, não-científica. A marchinha foi reinterpretada em diferentes países como Itália, Argentina, Inglaterra, Holanda e Estados Unidos, e tornou-se um clássico mundial cantada em francês (“Chiquita Madame”) por Josephine Baker.

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8 Responses

    1. Olá, Jennifer, tudo bem? Que bom que gostou do site! Vale a pena procurar na feira de antiguidades do Bexiga, lá tem muitos expositores de vinil e funciona todo domingo na praça 13 de maio! :) Beijos!

  1. Roselo

    Oi boa noite. Estou fazendo uma pesquisa sobre músicas que falam sobre a cidade de são Paulo a partir da década de 1940. Vcs podem me ajudar?

  2. Maria de Loudess Queiroz

    Eu, hoje aos 82 anos, tenho o corpo e a mente perfeitamenter sadios e me lembro de tudo que passou nos a
    nos 40, com minha mãe cantando essas músicas. Morro de amores e saudades

  3. Celia

    olá, eu estou montando uma playlist com musicas dos anos 40 e 50 para dar em forma de cd para minha bisavó que era garota nova nessa época, gostaria que se possível vocês pudessem me ajudar com algumas musicas além dessa lista, músicas de samba em especial

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