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Barbie comemora 57 anos e aposta na diversidade para driblar concorrência

9 de março de 2016, por Mirella Fonzar
Design

Barbie acaba de completar 57 anos, desde seu lançamento em 9 de março de 1959. Para comemorar a eterna juventude da boneca quase idosa, a fabricante Mattel lançou recentemente uma linha com três novos tipos de corpo. Na coleção “Fashionistas”, a boneca terá novas curvas, tamanhos, formato de rosto, cabelo e pele diferentes, para representar diferentes belezas femininas.

Serão quatro versões para o corpo, entre elas a Curvy (com curvas), a Petite (baixinha), a Tall (alta) e a Barbie original, magra e alta. Além dos corpos menos padronizados, as bonecas terão 14 formatos de rosto e 24 estilos de cabelo, todos combinados com 22 cores de olhos e 7 tons de pele, incluindo bonecas com traços negros e asiáticos.

Barbie na revista Time

Barbie na revista Time (Foto: Reprodução)

Segundo Evelyn Mazzocco, vice-presidente sênior de marcas internacionais da Mattel  a variedade nos tipos de corpo, tons de pele e estilos permitirá que as meninas encontrem uma boneca que fale diretamente com elas. “Nós temos uma responsabilidade com as meninas e com os pais de refletir um amplo olhar sobre a beleza”, explica.

A nova coleção “Fashionistas” foi capa da revista Time com a chamada “Now can we stop talking about my body?” (em tradução livre – “Agora podemos parar de falar sobre o meu corpo?”). Veja abaixo o comercial ‘The Evolution of Barbie’, que dá início à campanha da nova coleção. O filme foi dirigido por Rory Kennedy.

Não à toa, a loirinha catalisou profundas mudanças comportamentais desde seu surgimento, em 1959. Há quem acredite que a boneca foi grande responsável por revolucionar o padrão de beleza da mulherada a partir dos anos 60. O sonho de ser uma “Barbie Girl” – alta, magra, com seios fartos, pele branca, cabelos lisos e loiros – arrastou uma infinidade de mulheres à clínica de estética (e, em grau avançado, ao hospício).

Nos anos 80, a boneca mudou de cara pela primeira vez – surgiu negra, surgiu hispânica. Mas, mesmo assim, nunca havia ganhado quadris largos ou traços diferentes; nunca havia perdido o jeitão “Barbie” de ser, independente da cor da pele da boneca. Agora, depois de mais de cinco décadas fabricando bonecas com o mesmo padrão corporal, um enorme passo foi dado para que as crianças se identifiquem com os seus brinquedos.

Coleção Barbie nos anos 80 (Foto: Reprodução)

Coleção Barbie nos anos 80 (Foto: Reprodução)

As origens da Barbie

O que pouca gente sabe é que Barbie teve inspiração em uma boneca alemã muito parecida, destinada aos homens adultos. Numa viagem à Alemanha, em 1955, Ruth Hadler, da Mattel, conheceu a boneca Lilli, personagem de tirinhas de um jornal que fazia um baita sucesso por lá. Então, comprou a boneca para sua filha Barbara e viu que poderia criar algo parecido.

A primeira versão da Barbie – nome inspirado na criança – chegou às lojas, ao preço módico de US$ 3. O sucesso foi estrondoso: 340 mil bonecas foram vendidas logo de cara. Porém, demorou algum tempo para a sociedade da época realmente aceitar uma boneca para crianças que fosse um ser adulto. Afinal, era comum que meninas brincassem apenas com bonecas bebês.

Lili à esquerda e Barbie à direita (Foto: Reprodução)

Lili à esquerda e Barbie à direita (Foto: Reprodução)

Depois de alguns anos de sucesso como solteira, a boneca ganhou um companheiro. Em 1961, nasceu Ken. De lá para cá, Barbie e sua marca só cresceram. Hoje, é comercializada em mais de 150 países e não é mais um mero brinquedo. Por isso, foi obrigada a se adaptar com as mudanças sociais recentes, que questionam o padrão de beleza imposto pela sociedade. Barbie é mais que uma boneca, é um ícone Pop.

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