Conheça a coletânea Rockabilly Made In Brazil 2016
Com o objetivo de mostrar ao mundo que o Brasil não se resume só em samba e bossa nova, decidimos reunir as principais bandas de rockabilly e rock ‘n roll 50’s tupiniquim, na primeira coletânea virtual do site Universo Retrô: Rockabilly Made In Brazil.
Selecionamos um total de 32 projetos, que se propõem a fazer sons autênticos, tanto com canções autorais, como versões inusitadas. Além disso, contamos com duas faixas bônus; a primeira, da antiga banda Annie & The Malagueta Boys, que traduz bem o espírito tropical e irreverente do nosso rock ‘n roll; e a segunda, uma homenagem ao músico Dimmy Adriano, que nos deixou em 2016.
Para embelezar a coletânea, convidamos o desenhista gaúcho Henrique San para produzir a arte de capa do álbum e a identidade gráfica do projeto como um todo. Com seu marcante design retrô, o artista é conhecido por suas icônicas capas de discos e cartazes de eventos do gênero ao redor do mundo, como o Big River Festival e o Nashville Boogie Vintage Weekender.
Inspirados pelo projeto idealizado por nosso colunista Leandro Franco, para o site Nada Pop, em 2015, disponibilizamos o álbum – gratuitamente – para download através desta página. A ideia é que cada vez mais pessoas, de diferentes localidades e culturas, conheçam a música feita no underground brasileiro, apoiando a cena a continuar existindo e expandindo mais a cada ano.
Gostou? Baixe a coletânea Rockabilly Made In Brasil e fique de olho em nosso site para acompanhar entrevistas e matérias especiais com todas as bandas participantes!
Veja as bandas que fazem parte do álbum virtual do Universo Retrô
Ouça agora o preview da coletânea online:
“Vamos continuar escrevendo a história do rock. Vamos compor, criar, gravar, fazer acontecer de verdade. Cover é importante pra relembrar, mas o que vai valer mesmo futuramente, como referência, são as composições próprias, isso é o que vai ficar pra sempre.” – Dimmy Adriano (1980 – 2016)
Afinal, o que é Rockabilly?
A expressão rockabilly significa rock + hillbilly (música country de raíz), ou seja, tocado por caipiras. (…) Uma banda de rockabilly contém, geralmente, uma guitarra, um baixo acústico e uma bateria. Algumas vezes é tocado sem bateria, do mesmo modo que Elvis iniciou sua carreira com Scotty Moore na guitarra e Bill Black no baixo. É claro que, com o tempo, foram adicionados outros instrumentos para incorporar ao som, mas o rockabilly clássico vem dessa formação. Em alguns casos, o baterista toca em pé, conhecido por stand up drummer.
Logo depois de Elvis, apareceram outros artistas que faziam rockabilly: Eddie Cochran, Gene Vincent, Wanda Jackson (primeira mulher a liderar uma banda de rock da história), Carl Perkins, Buddy Holly… para citar alguns que são lendas na história do rock e venerados até hoje. Em seguida, a expressão rockabilly, que foi o primeiro subgênero do rock, começou a ser usada como sinônimo de rock ‘n roll, assim como os artistas que gravaram rockabilly também gravaram rock ‘n roll. Uma dica para conferir a diferença que há entre os sons é ouvir Johnny B. Goode, um rock ‘n roll famoso de Chuck Berry, e Double Talkin’ Baby, rockabilly frenético de Gene Vincent. (…)
No Brasil, já no período de 1955-1956, começam a aparecer os primeiros rockers. Na história da música brasileira, o primeiro rock and roll gravado foi Ronda das Horas, por Nora Ney, uma versão de Rock Around The Clock, de Bill Halleu and His Comets. Há poucos registros daquela época, principalmente porque a informação que chegava do exterior era precária e pelo fato de que nossos artistas que gravaram os primeiros rocks não eram roqueiros, mas a rebeldia da juventude americana encontrou muitos adeptos no Brasil, plantando algumas sementes que no futuro gerariam bons frutos.
Trechos retirados do livro Rockabilly Brasil (2015), de Eduardo Molinar, colunista do Universo Retrô.