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Barbie Síndrome de Down: Mattel lança boneca portadora da condição genética

3 de maio de 2023, por Leila Benedetti
Lifestyle
Barbie Síndrome de Down

Depois de dar representatividade às não-brancas, LGBT+’s, corpos fora do “padrão” e portadoras de outras condições e deficiências, sem contar o ode pelo empoderamento feminino, a Mattel finalmente lança uma Barbie com Síndrome de Down. A iniciativa foi anunciada no final do mês de abril e tem como parceira a National Down Syndrome Society

A presidente da entidade americana, Kandi Pickard, se disse honrada em participar do projeto. “Isso significa muito para as pessoas da nossa comunidade, que pela primeira vez pode brincar com uma Barbie que se parece com elas. Nunca devemos subestimar o poder da representação. É um grande passo para a inclusão, e é um momento que estamos celebrando”, conta. Enquanto isso, Lisa McKnight, diretora global da divisão Barbie & Dolls da Mattel, afirma que “o lançamento pode ajudar com mais compreensão e com a construção de um senso maior de empatia, levando a um mundo mais receptivo”.  

Segundo um vídeo nas redes sociais da fabricante, a boneca tem uma estrutura mais curta e um tronco mais longo que as outras da marca. Além disso, há também a presença de outros detalhes característicos da condição, como orelhas menores, rosto arredondado, ponte nasal achatada, olhos amendoados e acessórios como a roupa nos tons azul e amarelo, que fazem parte de campanhas de conscientização da síndrome, um colar ilustrando a triplicação do cromossomo 21 e órteses nos tornozelos, visto que a condição também causa alterações ortopédicas em alguns portadores. 

Barbie com Síndrome de Down
(Nova Barbie tem as características típicas da Síndrome de Down, incluindo órteses nos tornozelos, visto que a condição também traz alterações ortopédicas em alguns portadores. | Foto: Divulgação/Mattel)

A garota propaganda

Claro que, para ajudar na divulgação da Barbie e na campanha pela conscientização da Síndrome de Down, escalaram a modelo britânica Ellie Goldstein, que também é portadora e defensora da inclusão. Segundo a jovem de 21 anos que já posou para a Gucci e Vogue, ela se sentiu “impressionada” quando viu a boneca pela primeira vez. “A diversidade é importante, pois é necessário mais visibilidade para pessoas como eu no mundo. E não que elas sejam escondidas”, afirma. 

Nascida em uma família judia de Londres, Ellie começou a atuar como modelo aos 15 anos de idade. Hoje ela é representada pela agência de talentos inclusiva Zebedee Talent e concilia sua profissão com seus estudos em Artes Cênicas. Além da Vogue e Gucci, seu portfólio também inclui a Nike e a operadora europeia Vodafone. 

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