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Nova minissérie LGBT+ se passará nos anos 80 e abordará o início da AIDS no Brasil

16 de agosto de 2023, por Leila Benedetti
Cinema & TV
Nova minissérie LGBT+

Segue mais uma futura produção brasileira de época e, desta vez, focada na comunidade LGBT+, assim como em um período histórico importante do nosso país. Ambientada nos anos 80, a nova minissérie Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente abordará sobre o início da epidemia de AIDS no Brasil e suas dificuldades, assim como contar com uma equipe de produção e elenco com lugar de fala entre o público LGBT+. 

Estrelada por Ícaro Silva, Johnny Massaro e Bruna Linzmeyer, que são, respectivamente, “sexualmente livre”, gay e ativista lésbica na vida real, a produção gira em torno de um grupo de trabalhadores de empresas aéreas que fazem parte de um esquema de contrabando do coquetel AZT liderado pelo comissário Fernando (Massaro). O medicamento usado para tratar pacientes em estágio avançado da AIDS não era autorizado pela Anvisa na época. 

A produção é baseada em fatos reais e contou com a ajuda da médica infectologista Marcia Rachid, autora do livro Manual de HIV/AIDS, para o trabalho de pesquisa da nova minissérie. Com as gravações a serem iniciadas apenas em novembro, a nova minissérie LGBT+ será produzida pela Morena Filmes, dirigida por Marcelo Gomes e conta com o roteiro de Leonardo Moreira e Patricia Corso. Com 5 episódios, Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente está previsto para ser lançado em 2024 no streaming da HBO Max.  

Elenco nova minissérie LGBT+
(Bruna Linzmeyer, Ícaro Silva – centro – e Johnny Massaro, artistas LGBT+ que compõem parte do elenco. | Foto: Reprodução)

Contexto Histórico

Apesar de loucos, os anos 80 foram um período delicado para o Brasil. O país tinha recém conquistado a redemocratização e a liberdade cultural, as relações sexuais se tornaram livres, assim como os então apenas chamados de gays começaram a se assumir.

Entretanto, havia uma epidemia do então novo e desconhecido vírus causador da AIDS circulando pelo país. Como bem sabemos, esta doença atacava (e ainda ataca) os sexualmente ativos, independente da orientação sexual. Mas, por preconceito, a população atribuiu a doença apenas para os LGBT+, chegando até chamar a infecção de “praga-gay”, “câncer dos gays” e até mesmo de “castigo de Deus contra essa raça desgraçada”.

Quando lá fora descobriram a eficácia do coquetel AZT para o tratamento do HIV em 1980, a Anvisa, ainda por preconceito, demorou mais alguns anos para liberar o medicamento por aqui. Isso acabou dizimando a vida de muitos e levando alguns outros ao contrabando e, consequentemente, ao tratamento “de fundo de quintal”, que não apenas era ilegal, como também arriscado para a vida do paciente. O AZT só foi legalizado no Brasil em 1987.

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