Home > Cinema & TV > Temas médicos apoiam narrativas de filmes clássicos de sucesso desde a década de 1930

Temas médicos apoiam narrativas de filmes clássicos de sucesso desde a década de 1930

29 de setembro de 2020, por Ana Marisa Fonzar
Cinema & TV
“Uma Cruz à Beira do Abismo” (“The Nun's Story”)

Há muito que Hollywood se declarou apaixonada pela medicina, com filmes clássicos de sucesso que destacam experiências dramáticas de pacientes, médicos e enfermeiras. Pode-se dizer que existem tantas produções cinematográficas sobre temas relacionados a profissionais da saúde e hospitais que seria difícil listar todos. Além do mais, estas obras fazem parte da história do cinema, pois datam décadas atrás.

Para quem já é um médico talentoso – ou, talvez até para um estudante de medicina – provavelmente não seria difícil indicar com entusiasmo um dos filmes clássicos favoritos de todos os tempos. Embora muitas produções com o tema médico não sejam baseadas em histórias verdadeiras, sempre existe algo que se associa à área ou que soa fiel à compreensão.

A lista selecionada pelo Universo Retrô abrange uma gama de dramas médicos, comédias e thrillers, de décadas passadas, que certamente vão inspirar os fãs de filmes clássicos e mostrar como a medicina e o cinema evoluíram com o passar do tempo. Vamos conferir?

Filmes clássicos sobre medicina

“Alma de Médico” – (Men in White), 1934

Clark Gable interpreta o Dr. George Ferguson, um jovem médico que coloca sua profissão acima de tudo, até mesmo do relacionamento com sua noiva Laura Hudson (Myrna Loy), obstinada por festas e vida social. Pressionado por longas e exaustivas horas de plantão, ele se envolve com a doce e gentil
enfermeira Barbara (Elizabeth Allen), que o ama e compartilha da mesma paixão pela cura.

Mais tarde, quando confrontado pelo seu mentor por um aborto mal feito em Barbara, Dr. Ferguson deve decidir seu futuro. Este drama foi baseado na peça de Sidney Kingsley, ganhadora do prêmio Pulitzer. Direção: Richard Boleslawski.

“Quero este Homem” – (Every Girl Should Be Married), 1948

Esta comédia romântica tem como protagonista Cary Grant, que interpreta o pediatra Dr. Madison Brown. Anabel Sims (Betsy Drake), uma mulher determinada a encontrar o marido perfeito, se apaixona por ele. Ele resiste aos avanços óbvios dela, que usa todos os truques e armadilhas para finalmente conquistar o Dr. Brown.

Na vida real, Drake e Grant se conheceram em 1947, a bordo do navio de luxo Queen Mary, viajando da Inglaterra para os Estados Unidos. Os dois se casaram um ano após o lançamento do filme. Drake foi a terceira esposa de Grant e o casamento durou quase 13 anos, o mais longo dos cinco matrimônios do ator. O filme foi dirigido por Don Hartman.

“Não Serás um Estranho” – (Not as a Stranger), 1955

O esforçado estudante de medicina, Lucas Marsh (Robert Mitchum), se casa com uma mulher mais velha, a enfermeira chefe Kristina Hedvigson (Olivia de Havilland), sabendo que ela pode pagar por sua educação. O filme segue o Dr. Marsh enquanto ele busca a perfeição em seu trabalho e complica sua
vida pessoal quando tem um caso com uma mulher rica.

O melhor amigo da faculdade de medicina, Alfred Boone (Frank Sinatra), intercede para tentar manter o casamento intacto. No filme, uma cirurgia de coração é mostrada, com um coração humano real retratado em close-ups. Direção: Stanley Kramer.

“Uma Cruz à Beira do Abismo” – (The Nun’s Story), 1959

O drama americano conta a vida da obstinada Gabrielle van der Mal (Audrey Hepburn), filha de um proeminente cirurgião belga (Dean Jagger), que deixa sua vida de classe alta para se tornar freira. Como irmã Luke, ela acabou sendo enviada para o Congo Belga, na África, onde se destacou como enfermeira trabalhando com o qualificado médico Dr. Fortunati (Peter Finch).

No entanto, sua vontade de continuar como freira é desafiada quando seu pai é morto pelos nazistas, e ela não sente mais que pode manter a neutralidade de sua ordem. O roteiro escrito por Robert Anderson, foi baseado no romance homônimo de Kathryn Hulme, de 1956. Dirigido por Fred Zinnemann.

“Minha Esperança é Você” – (A Child Is Waiting), 1963

A professora de música Jean Hansen (Judy Garland) trabalha com crianças em um hospital psiquiátrico estadual. Embora muitas vezes em desacordo com o diretor autocrático, Dr. Matthew Clark (Burt Lancaster), sobre métodos de ensino, ela rapidamente se relaciona com seus alunos, particularmente Reuben (Bruce Ritchey) de 12 anos, cujos pais deixaram o menino na instituição após o divórcio.

Enquanto os alunos ensaiam para um concurso de Ação de Graças, Jean questiona a decisão dos pais. A maioria dos alunos do filme eram pacientes reais do Pacific State Hospital em Pomona, Califórnia, e encenavam realmente uma peça para seus pais. A história é centrada em uma criança com autismo e foi uma das primeiras a apresentar crianças com síndrome de Down. Diretor: John Cassavetes.

MASH”, (1970)

Provavelmente o mais famoso de todos os filmes médicos, o clássico baseado no romance de Richard Hooker, MASH, segue uma equipe médica do Mobile Army Surgical Hospital, liderada pelos capitães Hawkeye Pierce (Donald Sutherland) e o Trapper John McIntyre (Elliott Gould), que realiza cirurgias e atua a poucos quilômetros da linha de frente do conflito durante a Guerra da Coréia.

Entre o caos e os horrores da guerra, que são mostrados em detalhes, o filme aborda também momentos mais descontraídos que acontecem no acampamento. O sucesso alcançado deu origem ao famoso seriado homônimo da CBS, exibido originalmente entre 1972 a 1983. Filme dirigido por Robert Altman.

Matérias Relacionadas
Pink-Floyd-Magico-de-Oz
The Dark Side of the Rainbow: Curiosa sincronia entre Pink Floyd e O Mágico de Oz continua gerando polêmica
Cinema clássicos
Desafio Universo Retrô: Você assistiu 25 de 100 filmes clássicos
Aprenda a preparar Quiche Lorraine, receita que protagoniza cena do filme “Ladrão de Casaca” (1955)
Eva Wilma e Nicette Bruno estrelam peça do clássico de 1962 ‘O Que Terá Acontecido A Baby Jane?’

Deixe um comentário