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Cyber Queen: Retrofuturismo é inspiração para o Pin-Up do Mês de Agosto com Miss De-lovely

9 de agosto de 2023, por Mirella Fonzar
Moda

Para celebrar o aniversário do Universo Retrô, anualmente, nós, editoras, protagonizamos o Pin-Up do Mês de julho e agosto, com editoriais especiais e significativos. Depois de ensaios produzidos no contexto pandêmico (Gypsy Queen x Lady Pirate, em 2020, e Lar Doce Lar x Rock House, em 2021) e outros mais otimistas com o retorno da normalidade (Here Comes The Sun x Lunática, em 2022), para a nossa 7º edição, em 2023, buscamos inspiração na dualidade entre passado e futuro e como eles se conectam entre si no presente e no universo vintage.

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

O futuro automatizado dos Jetsons

Depois de Miss Daisy representar a mulher da pré-história em Wild Woman, eu, Miss De-Lovely, protagonizo o editorial Cyber Queen na nova Produção Fotográfica Original do Universo Retrô, clicada por Tainá Lossëhelin e inspirada na atual era tecnológica e na idealização do futuro em tempos passados. Partindo inicialmente do contraste que vemos nos desenhos Os Flintstones e Os Jetsons, dos estúdios Hanna-Barbera, os ensaios trazem referências de como a Idade da Pedra e o Futuro Automatizado eram vistos pela cultura Pop nos anos 1950 e 1960, respectivamente, e como esses conceitos permeiam até os dias de hoje.   

Ironicamente, em um contexto geral, em muitas questões, principalmente em relação à tecnologia e ciência, parece que estamos anos luz à frente e finalmente chegamos ao futuro previsto por nossos antepassados. Por outro lado, em questões essenciais para a sobrevivência humana, como clima, políticas de igualdade social e de gênero, consumismo, poluição, lixo e afins, a sensação é de que realmente paramos no tempo e evoluímos muito pouco, ou quase nada. Mais do que fotos bonitas, a ideia é levantar questões críticas sobre evolução. Convidamos vocês a embarcar conosco nesta aventura!

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

Estética Retrofuturista

Design Googie, a arquitetura moderna e futurista

Em busca da estética retrofuturista, com referências que misturam elementos da atual Era Digital com o design das eras Atômica, dos anos 1950, e Espacial da década de 1960, o editorial foi fotografado na suíte Spa Splash do luxuoso Lush Motel, localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O espaço de 75m², com área externa com piscina e teto solar, apesar de hiper contemporâneo e tecnológico, traz uma decoração cheia de traços do Googie, um ramo da arquitetura moderna e uma subdivisão da arquitetura futurística. 

Influenciado pela cultura automobilística do pós-guerra, o surgimento da energia nuclear, os avanços no desenvolvimento de foguetes e a corrida do homem para chegar à lua, esse estilo de design se tornou bastante popular no Mid Century, durante o final da década de 1940 até o fim dos anos 1960. Entre as características do Googie estão tetos elevados, formas geométricas e orgânicas, padrões abstratos, móveis brancos, cores vivas, superfícies cromadas e brilhantes, gradientes e transições de cores e o uso arrojado de vidro, aço e néon.

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

A estética retrofuturista do Lush

A escolha da locação se deu exatamente por nos remeter ao conceito de “casa do futuro”, inspirada nessa projeção de futuro que tinha-se no século XX. Alguns elementos como luminária, cama e a mesa cheias de curvas orgânicas, combinadas com tons claros e frios de azul, rosa e lilás, que aparecem por todo lado – dos móveis ao papel de parede e o teto do quarto, são alguns dos detalhes que podemos encontrar na suíte onde o editorial Cyber Queen toma espaço. 

Destaque para a cadeira branca modelo Tulipa, um clássico do design industrial criado por Eero Saarinen em 1955, e as poltronas Barcelona em azul, um dos ícones do design moderno, criado por Mies Van der Rohe e Lilly Reich em 1929. Para arrematar, adicionamos a clássica almofada do tipo rosquinha da My Vintage Home na cama e a piscina, que conta com teto solar, cascata e controle de luz ambiente, ganhou ainda neons coloridos na pós-edição de Tainá Lossëhelin, para combinar com o tema. 

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

O figurino de Cyber Queen e a moda futurista retrô

Para reforçar ainda mais a atmosfera retrofuturista nesta produção, apostamos em dois moods para o figurino. O primeiro inspirado na moda dos anos 1950, com calça capri cigarrete de cintura alta prata, da marca All Right Mama; body de lurex também prata da Santa Filó; brincos em formato de bumerangue da Cocktail Crafts e sandália anabela em couro specchio prata, com salto geométrico e fechamento com tiras no tornozelo, da marca Schutz, que, apesar de atual, nos remete ao sapato usado por Anne Francis, na divulgação do filme Planeta Proibido (1956).

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

Já o segundo look é inspirado nas tendências dos anos 1960, com vestido curto de gola rolê prata em lurex e botas brancas do tipo Go-go Boots, ambas peças vintage do acervo do brechó Velha Estampa, arrematadas com luvas prateadas. Vale destacar que as botas claras são um ícone da moda futurista dos anos 1960 e foram criadas por André Courréges. Em 1965, o estilista francês decidiu ampliar sua coleção “Space Age”, criada no ano anterior, aproveitando a febre das minissaias de Mary Quant, com um calçado que combinasse com a, então, revolucionária e polêmica peça feminina.

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

A beleza do futuro idealizado pelo Universo Retrô

Na beleza, optamos por mesclar referências das duas décadas às tendências atuais, tanto no cabelo, como na maquiagem. O penteado vintage, realizado pela hairstylist Silvia Brito, traz um topete com roll lateral e ondas marcadas que remetem às típicas curvas do Mid Century, porém no cabelo chanel, bem sessentinha.

As madeixas em lilás, tingidas exclusivamente para este ensaio e que remetem às personagens da série britânica futurista UFO (1969-1973), dão um charme a mais no visual. 

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

Vale destacar que, apesar dos cabelos coloridos terem ganhado ainda mais popularidade neste milênio, a prática surgiu na década de 1950 com Raymond Bessone. Também conhecido como Mr. Teasy-Weasy, o britânico foi o primeiro hairstylist a criar o conceito de penteado em duas cores, algo bastante à frente de seu tempo, como já falamos nesta matéria aqui.

As cores vibrantes também foram usadas na maquiagem feita por Silvia e são uma forte tendência nos dias de hoje. Nos olhos, a clássica sombra azul, bastante popular nos anos 1950 e 1960, marca levemente o côncavo e é arrematada por delineador preto e cílios destacados, valorizando o olhar. Nos lábios, batom rosa Pink, assim como na cor das unhas no estilo meia-lua.

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

As referências e inspirações para Cyber Queen

Retrofuturismo e as fantasias sobre o novo milênio

Apesar de muitos avanços na ciência e tecnologia com a chegada do novo milênio, em meados do século XX imaginava-se que a vida depois dos anos 2000 seria um pouco diferente do que vivemos hoje. Teletransporte, colônias em outros planetas, contato com alienígenas, carros voadores, pílulas alimentares, androides, entre outras fantasias faziam parte do que foi chamado, posteriormente, de retrofuturismo e passou a inspirar diversas frentes artísticas, como a moda, arquitetura, cinema, literatura, quadrinhos, artes plásticas, e por aí vai.

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

O boom da ficção científica retrofuturista

As décadas de 1950 e 1960 foram um período icônico para o cinema de ficção científica. Foi nos anos 1950 que as produções começaram a abordar as ansiedades futuras relacionadas à Era Atômica, por conta das tensões da Guerra Fria e das ameaças de guerras nucleares. Nos filmes dessa época é comum encontrarmos narrativas em torno de batalhas com alienígenas e monstros criados a partir de resíduos nucleares. Entre diversos títulos, podemos citar O Dia em que a terra parou (1951), A Guerra dos Mundos (1953), Planeta Proibido (1956), Vampiros de Almas (1956) e Viagem ao Centro da Terra (1959).

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

Já nos anos 1960, o mundo passou a vivenciar ainda mais avanços na ciência e tecnologia que pareciam impossíveis até então. A exploração espacial vinha se tornando um conceito muito real, com a proximidade do homem pisar na Lua, e a temática espacial, com naves, visitas a outros planetas e batalhas espaciais, passou a permear muitos dos filmes de ficção científica. Produções como 2001: Uma Odisseia no Espaço (1961), A Guerra dos Daleks (1965), O Planeta das Mulheres Invasoras (1967), Barbarella (1968) e Uma Sombra Passou por Aqui (1969) trazem esse tom futurista já típico da década de 60. 

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

Também foi nos anos 60 que nasceu o conceito de heroínas espaciais, pegando carona nos movimentos feministas que acabavam de se popularizar na luta pelo direito das mulheres. A personagem Barbarella, do francês Jean Claude Forrest, foi a primeira a sair das páginas dos quadrinhos e ir parar no cinema, ganhando vida com Jane Fonda e ajudando a questionar regras e quebrar códigos morais da época, apesar de hiper sensualizada.

Vale destacar que a heroína sessentista foi uma das nossas maiores referências para aliar a temática futurista à fotografia Pin-Up – inclusive, coincidentemente, tenho ela tatuada na coxa.  

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

As Pin-Ups e a Era Espacial

A temática espacial é um contexto bastante explorado no universo da fotografia Pin-Up contemporânea, que geralmente vem representado por alienígenas humanóides ou guerreiras espaciais sensuais (Space Vixens), com armas, capacetes e roupas justas – uma versão sexy do uniforme dos astronautas. 

No mundo das ilustrações, as heroínas aparecem nas famosas capas de revistas e filmes de ficção científica, livros tipo pulp novels e quadrinhos, como a série de contos Startling Stories, Thrilling Wonder Stories e Fantastic Story Magazine (1952), os quadrinhos Mystery in Space (1949) e Barbarella (1962), a capa do filme The Astro Zombies (1968) e o livro Space Prison (1960). Só para citar alguns.

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Foto: Tainá Lossëhelin | Universo Retrô

A temática também foi bastante usada como inspiração no universo da música, especialmente do Psychobilly. Surgido no Reino Unido no final dos anos 70, década de ouro da ficção científica, o estilo musical que mistura rockabilly, punk rock e letras de horror, numa estética 50’s desconstruída, costuma abusar da temática futurista de monstros e aliens em suas letras. Exemplo disso, podemos citar Batmobile com “Amazons From Outer Space” e The Meteors com “Attach of The Zorch Man”.

Não deixe de conferir a playlist deste editorial ao final da matéria.

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

As referências pós-1970 até os dias de hoje

É importante lembrar que as referências de futuro para esse ensaio não se restringem apenas às projeções utópicas do Mid Century (1950 e 1960), mas, sim, ao que vemos acontecer desde o lançamento da TV a cores e o descobrimento da robótica, utilizada na linha de montagem de automóveis, em 1970, também considerada época de ouro da ficção científica. 

Foi neste período que surgiram diversas produções futuristas que tinham o objetivo de retratar os problemas sociais e políticos da época em forma de ficção. O interessante é que elas não se limitaram à abordagem dos “heróis salvadores da pátria”, mas exploravam temas mais complexos, o que levou a crítica e o público a apoiar e incentivar este gênero.

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

Um exemplo é a franquia Star Wars, nascida em 1977, e a série televisiva Doctor Who, que mesmo tendo surgido na década de 1960, atingiu o auge de sua popularidade nos anos 1970, conseguindo registrar mais de 14 milhões de telespectadores, um número alto para os padrões da época.

Nos anos 1980, com o estilo ainda mais popular, clássicos como Blade Runner (1982), E.T. (1982), O Exterminador do Futuro (1984), De Volta para o Futuro (1985), Aliens, O Resgate (1986), Robocop – O Policial do Futuro (1987) caem no gosto do público e se eternizam. Alguns deles, inclusive, ganharam continuidade na década de 1990, como é o caso de De Volta Para o Futuro 3 (1990) e O Exterminador do Futuro 2 (1991), que fazem sucesso até hoje.

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

Cyber Punk e o futuro distópico

A franquia Blade Runner representa bem o conceito futurista do Cyber Punk, denominação que inspirou o título deste editorial: Cyber Queen. O gênero geralmente narra histórias de personagens solitários e marginalizados, em um mundo neon, holográfico e decadente, que é impactado diretamente pela rápida mudança tecnológica. 

Ao contrário do Retrofuturismo dos anos 1950 e 1960, que muitas vezes vem acompanhado de utopias e uma vida melhor por conta dos aparatos tecnológicos, o Cyber Punk apresenta um futuro distópico que discute os malefícios da alta tecnologia, que por vezes resulta em baixa qualidade de vida – como, por exemplo, poluição, consumismo exacerbado e colapso social.    

Ambos os termos “Retrofuturismo” e “Cyber Punk” apareceram pela primeira vez em 1983, sendo o primeiro criado pelo jornalista Lloyd Dunn e o segundo pelo escritor norte-americano Bruce Bethke.

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

O novo milênio

A fixação da G-Z pela tendência Y2K

A volta dos anos 2000 na moda atual e a fixação da geração Z pelas tendências daquela época também nortearam essa produção inspirada no futuro. Para se ter uma ideia, a G-Z, que é a geração de nativos digitais nascida entre 1995 e 2010, está trazendo de volta tudo que foi moda há 20 anos com a tendência denominada Y2K (year 2000 ou, em português, ano 2000). Só no Tik Tok, a hashtag reúne mais de 21 bilhões de visualizações hoje em dia.

Além da moda da época, que apostava em tecidos tecnológicos, metalizados e brilhantes para dar esse tom futurista, a virada do milênio e os rumores de que uma pane nos sistemas de computadores afetaria todo o mundo refletiu diretamente nas tendências culturais dos anos 2000, inclusive, no cinema, com produções como a trilogia Matrix (1999), que apresenta um futuro distópico, onde o ser humano passa a ser controlado por inteligência artificial. 

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

Inteligência Artificial e o início de uma nova era

A Inteligência Artificial, que antes era tema de obras de ficção científica, hoje já representa uma realidade cotidiana para a humanidade. De um chatbot que nos atende de forma automatizada num SAC aos APPs que criam arte digital com rostos humanos, a IA está cada vez mais presente em nossas vidas. No entanto, apesar de não parecer tão extravagante como nos filmes, seus dilemas éticos já preocupam muitos estudiosos e até se assemelham com os questionamentos trazidos em muitas obras literárias ou cinematográficas futuristas. 

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

Durante nossos estudos em busca de referências para essa produção, nos deparamos com páginas no Instagram que se utilizam da Inteligência Artificial para criar fotografias com a estética vintage em cenários e situações surreais e intrigantes, como é o caso de Chaos In Dreamland, Futurism Revisited, Prospex Park, Vegetable Spoon Forest, Ai In The Kitchen, Time Machines & Strawberries, Planet Fantastique e Midnite on Mars. 

A cena da piscina com bolinhas coloridas deste ensaio, por exemplo, foi inspirada numa série de criações da Chaos In Dreamland, que utiliza bolinhas e patinhos de borracha na água com mulheres com estética vintage – a nossa ideia é, assim como na Arte IA confundir o espectador, com o que é real e o que é manipulado em computador.

Outra referência que trouxemos do mundo das artes geradas por inteligência artificial foram as gêmeas de Prospex Park, uma página que também aposta na estética retrô e criou uma série de fotos com “clones”, outro assunto que sempre permeou a ficção científica e as pautas futuristas.

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

E aí, o Futuro chegou?

Podemos não estar pilotando carros voadores – ainda, mas chegamos a 2023 com veículos autônomos (sem motorista) nas ruas de alguns países. Com as pessoas mais conectadas do que nunca e hiper dependentes da tecnologia, estamos vendo conceitos como metaverso e criptomoedas se popularizar, robôs substituindo humanos em diversas funções, missões espaciais a todo vapor e estudos em bioimpressão de órgãos mais próximos de se tornar realidade. Só para citar alguns exemplos.

Com máquinas cada vez mais desenvolvidas, nos deparamos ainda com o advento da Inteligência Artificial em nossa vida cotidiana, seja ao utilizar o reconhecimento facial da academia, ou na forma como consumimos conteúdo por meio de algoritmos, e muito mais. Parece que, de repente, chegamos ao futuro tão esperado por nossos antepassados – sem perceber. E um dos motes deste ensaio é realmente trazer à tona esse ponto de intersecção entre o futuro projetado no passado e a era que estamos vivendo hoje no presente.

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

Para apresentar um pouco deste futuro [utópico ou distópico, afinal?], onde ainda não temos nenhuma certeza dos impactos que um mundo tão tecnológico nos trará, decidimos apresentar neste editorial uma estética sintética, plástica, com cores frias e expressões mais neutras do que o estilo Pin-Up geralmente nos remete, mas ainda assim trazendo a estética vintage. 

Por meio dessa representação artística, que se iniciou na pré-história com Wild Woman e desembarca numa era ainda sem precedentes com Cyber Queen, deixamos o seguinte questionamento: estamos realmente caminhando para onde queremos chegar?

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Foto: Tainá Losehellin | Universo Retrô

Enquanto pensa sobre o futuro, deixamos a playlist Cyber Queen com o melhor do Psychobilly futurista:

FICHA TÉCNICA

Realização: Universo Retrô
Modelo: Miss De-Lovely
Fotografia: Tainá Lossëhelin
Produção: Daise Alves
Beleza: Silvia Brito
Locação: Lush Motel

Figurino

Calça: All Right Mama
Body: Santa Filó
Sandália: Schutz – Acervo Pamela Morimoto
Vestido e bota: Brechó Velha Estampa
Brincos: Cocktail Crafts

SERVIÇO

Lush Motel
Av. do Estado, 6600 – Ipiranga – SP

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2 Responses

  1. Ginna Di Neri

    Uau, eu estava super ansiosa para ver as fotos! A cada uma que passava eu achava que era a minha favorita até vir a próximo hahahah mas a da piscina, uau!! Essas cores, cenário, looks, cabelo, make, a modelo, a qualidade da fotografia.

    Uma super produção, amei amei!

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